Os gastos com exames de análises clínicas tiveram aumento de 32% no acumulado dos últimos dois anos, segundo levantamento realizado com cerca 600 mil usuários de planos de saúde pela consultoria de seguros MDS.
Segundo a MDS, pertencente aos grupos Sonae e Suzano, a elevação nos custos foi ocasionada, principalmente, pelo aumento de 16% no volume de exames realizados. Também houve aumento e de 13% em alguns procedimentos que passaram a ser solicitados com maior frequência nos dois últimos anos. Entre esses exames estão vitamina D (para osteoporose), vitamina B12 (anemia), somatomedina (hormônio do crescimento), hemoglobina glicada (diabetes), hemocultura automatizada (exame bacteriano) e perfil lipídico (doenças cardíacas).
"O custo dos exames teve alta de apenas 3% no ano passado. O maior problema está no aumento da frequência. Mesmo cobrando uma coparticipação do usuário, que normalmente é de 20% sobre o valor do exame, houve essa expansão. Aparentemente, o valor dessa coparticipação perdeu relevância com o aumento dos salários nos últimos anos o que acaba não inibindo o usuário", explicou Rildo Silva, diretor da área de benefícios da MDS.
Dentro dos custos da operadora de planos de saúde, os gastos com exames laboratoriais representam cerca de 30%; honorários médicos entre 20% e 25%; e as taxas de internação, materiais médicos e outros tipos de exames, de 30% a 40%.
Silva ressalta que os gastos com exames de análises clínicas não têm um acompanhamento detalhado pelas operadoras, que preferem se ater às despesas com materiais como órteses, próteses e medicamentos de alto custo.
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