O uso da inteligência artificial (AI) está sendo revolucionado pela COVID-19. Em aliança com a Harvard Medical School, Dasa está validando, entre a população brasileira, algoritmo para RX (300 exames) que prevê a quantificação do acometimento do pulmão pela doença. Fora do contexto de pandemia, o processo de validação de um algoritmo leva entre 10 e 12 meses, esses estão levando no máximo três meses.
“A interpretação do RX é subjetiva e muda de um médico para outro e, também, com o mesmo médico olhando duas vezes o mesmo exame. Ao quantificar o RX conseguimos avaliar se o paciente está piorando, se está estável ou melhorando; diminuímos as divergências e ampliando a reprodutibilidade do resultado”, explica Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.
Além dessa iniciativa, há outras duas em andamento no contexto COVID. Uma delas é focada na integração de dados com segurança, baseado na técnica de federated learning, que permite treinar o algoritmo em várias instituições diferentes e transferir apenas seus parâmetros, pela web, sem transferência de dados do paciente e sem risco com a LGPD, dando mais agilidade para os projetos. Realizado em parceria com a NVIDIA essa solução prevê a avaliar saturação de oxigênio de pacientes COVID, pelo RX.
E o terceiro projeto multicêntrico (envolve outras sete instituições brasileiras) envolve a criação de algoritmos para o prognóstico da COVID-19. Por meio da análise de bancos de dados clínicos, de exames laboratoriais e de imagem os algoritmos estratificam o risco e ajudam a definir a conduta terapêutica no ambiente hospitalar (se o paciente vai precisar de internação, se vai para a UTI, se precisará ser entubado etc.).