Bombas de insulina com sistemas integrados e automação e telemedicina têm mudado a forma de manejo da doença
O diabetes é uma das doenças crônicas mais comum na população mundial e, se não controlada adequadamente, pode trazer consequências sérias. Mas a tecnologia tem transformado o universo dos pacientes diagnosticados com diabete tipo 1 na última década, fazendo com que a doença seja uma das mais beneficiadas pelas descobertas high tech. Essa evolução e outras novidades tiveram seus valores reforçados em tempos de pandemia, principalmente no que diz respeito ao manejo remoto da condição.
Com tecnologia de ponta, as bombas de insulina e seus sistemas de monitorização contínua de glicose hoje não apenas controlam os níveis de glicemia no sangue como também a administração da infusão da insulina, funcionando de maneira autônoma. Assim elas fornecem insulina basal e bolus para controlar as necessidades metabólicas basais e também de requerimento insulínico para refeições, a fim de ajudar os pacientes a terem melhor controle da doença.
Com base nos valores de glicose enviados pelo sensor, o sistema MiniMed 640G, por exemplo, consegue prever, com 30 minutos de antecedência, quando o nível de glicose do paciente estará próximo do limite mínimo e interromper automaticamente a administração de insulina, reiniciando quando a taxa voltar a atingir um nível seguro, ajudando a manter o diabetes sempre controlado com menor risco de hipoglicemia severa.
Segundo endocrinologista, Denise Franco, Diretora da ADJ Diabetes Brasil e coordenadora do departamento de DM1 adulto da Sociedade Brasileira de Diabetes e pesquisadora do CPCLIN, gerenciar a hipoglicemia e a hiperglicemia de rebote após a aplicação de insulina é um dos principais desafios para o controle do diabetes.
“Com essa tecnologia, esse dispositivo da Medtronic consegue evitar 75% dos casos de hipoglicemia, condição nem sempre sintomática e que pode levar à morte, caso não seja controlada. Mas, além de beneficiar a saúde dos pacientes com diabetes do tipo 1, as bombas de insulina trazem maior independência, segurança e qualidade de vida para seus usuários”, esclarece.
Atendimento remoto
Além das bombas de insulina, o manejo da doença de forma remota é outra conquista para os pacientes. A telemedicina também acompanhou a evolução da área. Com a ajuda de plataformas e aplicativos exclusivos, os dados dos pacientes coletados pela bomba podem ser acessados pelos médicos à distância, tornando assim obsoleta a necessidade de envio de tabelas preenchidas pelo próprio paciente. Os sensores conseguem fazer esse controle 24 horas, trazendo ao paciente tranquilidade em sua rotina de tratamento.
A tecnologia ainda permite que os pacientes insiram outros dados da plataforma, como a quantidade de carboidrato ingerido, a dose de insulina aplicada, marcar o momento da atividade física entre outras informações. A Medtronic acaba de lançar o portal CareLink em português, justamente para auxiliar os pacientes que permite que todo o treinamento para o usuário e consulta com médicos sejam realizadas remotamente.