A Central Nacional Unimed (CNU) - cooperativa médica que atende exclusivamente empresas com pelo menos 300 funcionários e presença em no mínimo três Estados do país - viu sua receita líquida crescer 27,9% e atingir R$ 2,3 bilhões no ano passado. Porém, os custos médicos subiram numa proporção maior, 28,5%, provocando uma redução de 43,3% no lucro líquido, que ficou em R$ 35,2 milhões.

A sinistralidade (relação entre custos médicos e receita) da cooperativa aumentou de 87% para 91% no período. "Nossa meta para este ano é voltar ao patamar de 2012. Para isso, adotamos uma série de medidas para reduzir nossos custos, disse Mohamed Akl, presidente da Central Nacional Unimed que conta com uma carteira com 1,4 milhão de usuários.

Entre essas medidas, estão a compra direta de órteses, próteses e materiais especiais - produtos normalmente adquiridos pelos hospitais que colocam uma margem de ganho ao repassar a conta para a operadora de plano de saúde. "No ano passado, esses itens consumiram R$ 173 milhões da Central Nacional Unimed. Desse total, entre 25% e 30% foi compra feita diretamente por nós", disse Akl. "Conseguimos um ganho expressivo porque há hospitais que cobram até 50% a mais no valor das órteses, próteses e materiais especiais", complementou o presidente da cooperativa médica.

Outra ação é o acompanhamento de clientes portadores de doenças crônicas e sintomas de depressão. A cooperativa faz visitas ou envia mensagens de texto para o celular de clientes para lembrá-los da medicação ou tratamento. Segundo Akl, o custo mensal desse acompanhamento é de cerca de R$ 13 por pessoa e a economia chega a ser de três a quatro vezes superior.

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