Alckmin sanciona "Mais Médicos tucano" em SP
08/04/2014 - por Por De São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou ontem lei que dá bônus a médicos que trabalharem em periferias e locais de baixa atração de profissionais, uma espécie de "Mais Médicos tucano". Em seu discurso, Alckmin criticou a gestão federal.

"O pior de tudo é a tabela do SUS, que é a maneira mais injusta de punir a saúde e de prejudicar a população. A inflação é alta e, no caso da saúde, é pior. Você não corrige a tabela do SUS, quem atende o SUS vai afundando em dívida", disse Alckmin. "Hoje as santas casas de misericórdia são as únicas que atendem o SUS", afirmou.

A crítica acontece em um cenário em que o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha (PT), configura-se como rival de Alckmin, que tentará a reeleição.

Pelo texto sancionado, médicos do Estado que trabalharem em locais periféricos passarão a receber um bônus de 30% sobre o salário inicial da categoria. O programa tucano prevê um bônus de acordo com a formação do médico. Mestrado, doutorado e pós-doutorado aumentam o benefício em 5%, 10% e 15%, respectivamente.

Alckmin e o secretário de Saúde, David Uip, frisaram ontem que o salário do médico do Estado poderá chegar a R$ 17,7 mil. Porém, para chegar a esse valor, é preciso ter carreira de mais de 20 anos no Estado, possuir título de pós-doutorado, trabalhar 40 horas por semana e atingir o teto do prêmio de produtividade médica. "A nova lei é um avanço, mas não irá resolver a falta de médicos em regiões periféricas", diz Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo. (Com Folhapress)



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