Enquanto grandes hospitais aprimoram sistemas internos de gestão de dados de pacientes, multinacionais de software oferecem o compartilhamento de informações clínicas entre as instituições para melhorar o atendimento.
O Hospital Israelita Albert Einstein, com 652 leitos e 6,9 mil médicos cadastrados, vai investir R$ 147 milhões na adoção de um programa da desenvolvedora americana Cerner. A ferramenta será usada para administrar registros hospitalares e ambulatoriais. É a primeira vez que a companhia, que prospecta negócios no Brasil desde 2011, implanta a facilidade em português. O Einstein investe 3,1% da receita líquida ao ano em tecnologia da informação (TI).
A Cerner tem operação em 24 países e seus softwares rodam em dez mil hospitais e clínicas, como a Clínica Mayo, nos Estados Unidos, e a Las Condes, no Chile. O novo software do Einstein permite que o histórico clínico do interno esteja armazenado e disponível para a equipe médica e assistencial. Gerencia desde a entrada até a alta do doente, com o controle de protocolos e registros de administração de medicamentos.
Segundo informações do hospital, a previsão para concluir a primeira fase da implantação do sistema é no final de 2015. A conclusão total está prevista para 2016. "Somos um hospital inovador em termos de qualidade e avanço tecnológico e procuramos fornecedores com as mesmas características", diz o presidente da instituição, Cláudio Lottenberg.
Para Carlos Eduardo Nogueira, CEO da InterSystems para a América Latina, que também tem o Einstein como cliente, as organizações de saúde já não querem trabalhar apenas com o histórico clínico. "É preciso ter ferramentas que auxiliem na análise e no compartilhamento de dados".
As vendas de software de saúde da InterSystems, multinacional americana, tem crescido 30% ao ano. Sessenta por cento das entregas anuais da companhia são feitas somente no setor. Um dos destaques é um sistema que permite que informações de um paciente sejam compartilhadas entre diferentes instituições. A ideia é que as equipes médicas tracem diagnósticos mais precisos, melhorando a qualidade do atendimento.
A solução está sendo implementada pela Unimed no Ceará para trocar informações entre as unidades da operadora. "Depois de concentrar investimentos na construção de sistemas para a gestão administrativa e clínica, a tendência é que as instituições aprimorem o processo de atendimento, com o compartilhamento nacional e regional de dados clínicos".
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