Estamos diante de uma das maiores crises sanitárias que o mundo já viveu. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima mais de 10 milhões de infectados e 516 mil mortes ao redor do globo; já no Brasil, as estatísticas ultrapassam 1 milhão confirmações da doença e da causa de morte de mais de 60 mil pessoas. Apesar de muitos países já terem atingido o pico da curva de infecções, infelizmente nosso país parece estar longe do achatamento da curva.
Ainda assim, após um pouco mais de três meses de distanciamento social, estados como São Paulo – que representa 22% dos casos registrados no Brasil – estão colocando em prática medidas de flexibilização e reabertura de atividades não essenciais. Com isso, o cenário atual segue trazendo mais dúvidas e incertezas do que respostas. E, para o setor das health techs (startups voltadas para a saúde) não poderia ser diferente.
A quarentena e o medo da iminente super lotação de hospitais trouxe uma visibilidade muito grande para essas iniciativas que aliam tecnologia à segurança da população e cresceram exponencialmente nos últimos meses. Segundo a gigante da tecnologia Google, entre março e abril deste ano, as buscas por essas empresas cresceram cerca de 100%, em comparação aos seis meses anteriores.
Isso se deve justamente pela preocupação da população brasileira em cuidar de sua saúde e bem estar físico e mental, sem o risco de se expor e contrair o vírus. Essa alta demonstra uma aceleração nas mudanças de comportamento das pessoas, que agora passam a aliar as suas vontades à necessidade de uma solução mais rápida, acessível e segura.
Com o isolamento social, a vida de todos teve que ser remodelada e colocou sob holofotes os benefícios que tais iniciativas são capazes de trazer. Mas, a partir do retorno das atividades, nos vem o seguinte questionamento: o que o futuro nos reserva em relação às startups de saúde e o momento-pós pandemia?
Creio que, justamente por conta dessa readequação de valores e necessidades, as demandas da população pelas health techs devem se manter estáveis a curto e médio prazo. A tendência é que, em breve, elas sejam completamente conectadas ao dia a dia da população e ao “novo normal”. Isso porque questões como a boa atuação dos profissionais, praticidade, comodismo e até mesmo custo benefício estão ficando cada vez mais claras, não havendo mais motivos para ter receios de adotar tais iniciativas na nossa rotina.
Sejam bem vindos a uma nova era e viva à inovação!