Um dos setores mais impactados direta e indiretamente pelo surgimento do coronavírus e por sua propagação pandêmica por todo o planeta é o da Saúde. Em um curto espaço de tempo, mesmo países com avançadas infraestruturas de atendimento se viram em situações limite, com suas capacidades de atendimento perto de serem esgotadas. Outras nações, com problemas crônicos anteriores ao vírus, rapidamente viram seus sistemas de saúde entrarem em colapso. Paradoxalmente, o setor de Saúde deverá sair mais fortalecido após o divisor de águas que é o coronavírus.
Tanto Governos como as sociedades irão valorizar mais a Saúde Pública, buscando modelos mais eficientes, mesmo com orçamentos limitados, e este, é um desafio no qual o papel da tecnologia é fundamental para ser enfrentado com sucesso. Na situação emergencial gerada pelo Covid-19, a telemedicina viabilizou a realização de muitas consultas à distância, evitando que um grande contingente de pessoas saísse de suas casas sem necessidade para serem atendidas presencialmente em hospitais e prontos-socorros já extremamente demandados pela propagação do vírus. Essa alternativa certamente evitou que um grande número de pessoas fosse exposto, sem necessidade, a uma situação de alto risco de contaminação.
Os dados são um bem de inestimável valor para as instituições de assistência médica e para os médicos, sendo cada vez mais essencial a criação de um histórico para melhor acompanhar os pacientes e ter um rápido acesso às informações úteis para a elaboração de um diagnóstico mais preciso e adoção do procedimento médico mais adequado.
Segundo uma pesquisa feita pela Health Data Management (HDM), a segurança é a principal preocupação dos profissionais de TI da área da Saúde porque permite reforçar a proteção das informações sobre os pacientes e defender seus ambientes dos ataques cibernéticos. A mesma pesquisa apontou que, para 93% dos entrevistados, proteger as informações relacionadas à Saúde e à segurança dos dados é extremamente importante ou muito importante.
Não é difícil identificar a importância de manter seguros dados tão sensíveis como os relativos ao histórico de saúde de um paciente e reconhecer como a credibilidade de uma instituição nesta área pode ser profundamente afetada no caso de um ataque criminoso bem sucedido. Além disto, os impactos financeiros são muitos: o custo médio gasto por uma instituição de saúde para se recuperar de um evento de downtime é de US$740 mil, além das multas de não cumprimento de regulamentações como a Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), a Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro de Saúde norte-americana, que podem chegar a milhões e milhões de dólares como no caso da Memorial Healthcare System que pagou US$ 5.5 milhões.
A mesma tecnologia que permite avanços significativos no combate às doenças exige também um especial cuidado com a segurança dos dados. Novos tempos exigem novas leituras e o antigo conceito de realização de cópias de segurança “backup” foi superado pela necessidade de se aliar a proteção de dados à própria continuidade do negócio de forma mais ampla e completa. Quanto de informação você e sua empresa estão dispostos a perder? Em quanto tempo você gostaria de recuperar suas aplicações críticas no advento de um desastre? Você tem absoluta certeza de que seus arquivos armazenados poderão ser recuperados? A sua empresa funciona sem acesso à sistemas e à dados?
Os pacientes são a prioridade número um dos profissionais da saúde. Interromper um atendimento por causa de um erro humano ou desastre natural está fora de cogitação. Com tecnologia de alta disponibilidade, as instituições de saúde podem ter a certeza de que estarão sempre “ativas” e prontas para atender os pacientes, quando necessário.
Quem não entender que o backup hoje é sinônimo de segurança e de garantia de disponibilidade dos dados, base fundamental para todo e qualquer negócio, na eventualidade, a cada dia mais provável, de um ataque criminoso, está arriscando a própria sobrevivência da empresa. Essa é uma questão cultural que ultrapassa a área de TI e deve ser motivo de preocupação por todos os diretamente ligados nos processos decisórios de uma organização.
A gestão do backup e a garantia de disponibilidade dos dados sensíveis da empresa não podem mais ficar restritos à área de infraestrutura, sem receber um tratamento prioritário no momento de definição dos investimentos. A pretensa economia feita com soluções improvisadas, empregando hardwares obsoletos e tecnologias há muito tempo superadas, pode se revelar como uma atitude suicida. Afinal, qual seria o orçamento que as nações e as empresas de todo o mundo estariam dispostas a investir hoje para impedir o surgimento do Covid-19?