iretor de gestão em saúde da PwC e mediador do seminário Competitividade Setorial Saúde, realizado pela Amcham na última quinta-feira (20/03), Carlos Suslik destacou os principais pontos de discussão do evento e falou sobre oportunidades e desafios do setor. Confira.
Quais foram os principais pontos dos painéis de debates?
O principal ponto a destacar é heterogeneidade da cadeia. Cada um dos participantes dela tem pontos conflitantes. A vantagem de reunir todos na mesma mesa de discussão é que apresentamos, de forma objetiva, os problemas de cada lado e pensamos em soluções para a cadeia como um todo. É importante que haja diálogo para encontrar uma convergência, entender para onde a cadeia deve direcionar seus esforços, que é o paciente.
Como você vê a busca pela eficiência?
Ela é fundamental no setor de saúde. Antigamente, era possível tratar cada caso individualmente por causa dos custos mais baixos. No modelo atual, precisamos pensar na qualidade total do serviço, na segurança do paciente, e como aproveitar os estudos de alguns casos para evitar doenças ou encontrar soluções mais rapidamente para todos. Isso é fundamental para a efetividade do tratamento. Com isso, ganhamos em escala, qualidade e segurança. É preciso qualificar os profissionais do setor para que haja um melhor atendimento.
Como deve ser a atuação da cadeia para que continue gerando riqueza e inovação?
Acredito que a regulação é um dos pontos mais importantes, mas precisa ser mais ágil. Atualmente, não temos essa agilidade, e sim uma burocratização excessiva. Assim, temos custos desnecessários, impactando a cadeia como um todo. Boa parte dos custos do setor vem da ineficiência da regulação, uma barreira para a boa gestão. A regulação de Recursos Humanos é o principal fator na área da saúde. O capital humano é importante na saúde e precisamos repensar essas relações trabalhistas, para que elas gerem mais eficiência.
Quais mensagens desse seminário ficam para as empresas?
É preciso dar mais atenção ao desenvolvimento do departamento de saúde nas companhias. Como o setor está se tornando cada vez mais complexo e demandando mais recursos, elas precisarão de pessoas focadas na gestão desse departamento. A saúde dos funcionários passa a ser core business das empresas também.
Quem esteve:
Estiveram presentes no debate representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), PwC, MSD, Siemens Healthcare, Becton-Dickinson, os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, GV-Saúde e Capital Invest.
Fonte: Com informações da Amcham