A Dasa fechou o quarto trimestre com o melhor desempenho dos últimos dois anos, período em que a empresa de medicina diagnóstica atravessou uma profunda reestruturação que fez suas margens despencarem. Entre outubro e dezembro de 2013, a Dasa apurou lucro de R$ 37 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 1,6 milhão.

A receita líquida da companhia avançou 14,8% para R$ 628,4 milhões. Já os custos dos serviços prestados cresceram em uma proporção menor, 6,5%, para R$ 441,2 milhões, e as despesas operacionais ficaram praticamente estáveis (0,9%) totalizando R$ 112,5 milhões no último trimestre. A companhia fechou um empréstimo de até R$ 50 milhões com o BNDES para compra de equipamentos médicos e de informática.

Porém, esse bom desempenho pode trazer algumas preocupações aos novos controladores, o empresário Edson Bueno e Dulce Pugliese, que juntos passaram a deter 72% da Dasa após a oferta pública de aquisição de ações encerrada neste mês. "Continuamos com o nosso planejamento trianual. Sem ingerência dos novos controladores", disse o presidente da empresa de medicina diagnóstica, Dickson Tangerino, em teleconferência para analistas.

A preocupação ocorre porque está nas mãos da Câmara de Arbitragem da Bovespa definir se haverá uma segunda oferta de ações. O conselho de administração da Dasa defende a necessidade da nova oferta e acredita que a avaliação para definir o preço justo da ação da Dasa pode ser feito com base em balanços mais recentes, como o do quarto trimestre. O desempenho da companhia nos últimos três meses de 2013 foi melhor que o do terceiro trimestre, período que serviu de base para a primeira avaliação, de R$ 15 por ação.

Bueno se opõe à nova oferta com a alegação de que a primeira já contemplou os minoritários. Ele também é contra uma nova precificação do papel com base em dados contábeis distintos dos usados na primeira operação. O empresário tem a seu favor um laudo assinado por renomados advogados, inclusive ex-presidentes da CVM.

Em 2013, a receita líquida da Dasa somou R$ 2,2 bilhões (alta de 9,9%) e o lucro líquido aumentou 55%, para R$ 131,6 milhões.

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