A Fundação Telefônica Vivo está doando R$ 16,3 milhões para iniciativas que amenizam os prejuízos causados pela pandemia. Os recursos são destinados a compra de insumos e equipamentos para hospitais públicos e de alimentos para comunidades pobres em nove Estados.
Do total, R$ 13 milhões irão para a área da saúde, e desse valor, cerca de 40% serão encaminhados a hospitais em Manaus (AM), no Acre e no Amapá, que enfrentam esgotamento de infraestrutura para atender os doentes da covid-19. “Procuramos os locais onde a situação era pior. E a região Norte hoje é onde as coisas estão mais complicadas”, afirma Christian Gebara, presidente da Vivo.
As doações para os hospitais serão coordenadas pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), por sua expertise em pesquisa e na saúde pública. Na área de segurança alimentar, a fundação ligada à empresa vai destinar R$ 3,3 milhões para distribuir cestas básicas digitais, por meio de cartões de alimentação, para 60 mil famílias nos Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, onde a Fundação Telefônica Vivo desenvolve um programa de formação de professores e alunos da rede pública. “Quisemos focar em comunidades com famílias que têm crianças em idade escolar, e que estão perdendo a merenda na escola por causa da pandemia”, afirma Gebara.
A gestão desses recursos de alimentação será feita pela Comunitas e pela Gerando Falcões, organizações não governamentais que atuam nas periferias e favelas.
Esses aportes não fazem parte do orçamento da Fundação Telefônica Vivo para 2020, de R$ 65 milhões. “Não vamos tirar nada dos projetos educacionais que já apoiamos. Trata-se de recurso adicional.” No ano passado, o orçamento foi maior, de R$ 75 milhões.
Além dessas iniciativas, a Vivo, enquanto corporação, tem se empenhado em outras frentes na tentativa de contribuir. Uma das ações foi antecipar recebíveis para quase mil fornecedores - pequenos e médios prestadores de serviços como call centers, agências de eventos ou publicidade, por exemplo. Eram contas a receber de abril ao fim de junho, mas foram pagas no início de abril. “Adiantamos quase R$ 1 bilhão para nossa cadeia de fornecedores e recebemos muitas mensagens de agradecimento por isso”, conta Gebara.
Outra iniciativa para ajudar pequenos negócios foi abrir a plataforma do programa de fidelidade Vivo Valoriza, que prevê descontos em restaurantes e cinemas, para cadastro de micro e pequenas empresas. Sob certos critérios, o empreendedor se cadastra no site e tem acesso à base de milhões de clientes da Vivo, e pode oferecer a eles benefícios e ofertas. Segundo o presidente da empresa, esse acesso foi liberado na segunda-feira e, em três dias, com pouca divulgação, 210 novos cadastros foram feitos.
A empresa também forneceu internet gratuita para o primeiro hospital de campanha do Rio de Janeiro, construído pela Rede D’Or, no Leblon. Segundo Gebara, é difícil quantificar as ações específicas da Vivo durante a pandemia. Sobre a possibilidade de fornecer acesso gratuito à internet em comunidades de baixa renda, Gebara afirma que não é o momento de lançar nenhuma ação que possa ter um caráter competitivo. “Temos que manter nossa cadeia produtiva funcionando, manter a rentabilidade do negócio, e para isso é necessário que os serviços sejam remunerados.”