Tecnologia móvel leva hospitais para o ambiente doméstico
Centro Médico Montefiore, no Bronx, envia mensagens aos pacientes e pode monitorar adolescentes diabéticos
20/03/2014

Hospitais estão explorando como as tecnologias móveis podem expandir o tratamento de pacientes para o ambiente doméstico.

Ao fazer isto, hospitais reduzem gastos com atendimento; têm mais chances de se envolver em prevenção e diagnósticos prematuros, além de construir um relacionamento com pacientes, que optarão por eles e não por hospitais concorrentes. Se a relação hospital-paciente termina no momento em que eles deixam o hospital, não é possível controlar os cuidados diários com a saúde do paciente, compreender influências externas ou desenvolvimento das condições.

Agora que o pagamento a provedores de serviços de saúde está mudando para refletir compras baseadas em valor, hospitais ficam incumbidos de estabelecer relacionamentos de longo prazo. Como resultado, alguns estão considerando a tecnologia para facilitar interações no longo prazo.

Monitoramento pessoal, como o oferecido pelo Fitbits, pode ajudar médicos a controlarem a saúde dos pacientes, disse Mony Weschler, estrategista chefe do Centro Médico Montefiore, no Bronx, Nova York, em entrevista. “Os dispositivos ainda estão engatinhando. Estamos analisando dispositivos que possam ser usados por pacientes tanto em internação quanto em casa”, disse ele. “O monitoramento remoto de dados é possível. É onde a tecnologia faz sentido”.

A evolução de dispositivos como o Fitbits é “incrivelmente empolgante”, concordou Marc Probts, CIO da InterMountain Healthcare, em Salt Lake City. O monitoramento doméstico tem um potencial “tremendo”, acrescentou.

Os médicos não precisam analisar todos os bytes que o paciente produz, disse Weschler. Em vez disso, os médicos podem verificar rapidamente se as medições do paciente estão dentro da linha esperada, talvez por meio de uma luz vermelha/luz verde no painel. O monitoramento em tempo real também alerta sobre serviços de emergência caso um paciente precise de atendimento médico imediato.

O monitoramento remoto deve gerar quase US$ 297 milhões em todo o mundo até 2019, de acordo com a GBI Research. Embora monitores implantáveis ajudem alguns pacientes, outros, com condições como diabetes ou cardíacos, poderiam se beneficiar mais de dispositivos menos intrusivos. O Montefiore, por exemplo, está considerando usar o Fitbits ou produtos similares para assistir adolescentes diabéticos, contou Weschler.

Até mesmo comunicação menos high-tech pode ajudar. Os pacientes parecem gostar de uma abordagem baseada em mensagens de texto, recentemente testada pelos gerentes de casos de saúde comportamental do Montefiore. Cerca de 1.500 médicos estão participando do programa, pelo qual dois de seus pacientes recebem mensagens de texto – como um lembrete para tomar o medicamento ou um cumprimento – todos os dias. O sistema de mensagens de texto alivia o fardo dos envolvidos no caso e os pacientes podem responder caso tenham dúvidas, disse Weschler.

Com dois meses de projeto, tanto pacientes quanto os médicos envolvidos nos casos responderam positivamente, disse ele. “Os médicos querem colocar todos os pacientes no sistema”, contou. “Não é um fardo pesado para o provedor e parece que está sendo bem recebido pelos pacientes. Na maioria dos casos, são pacientes difíceis de lidar. Não é contato de emergência, mas o sistema sabe o que fazer caso receba mensagens de emergência”.

Além de implementar o sistema de SMS para todos os pacientes dos médicos envolvidos nos determinados casos, eles estão considerando usar mensagens de texto para ajudar pacientes em pré-operatório, contou Weschler. A equipe pode enviar mensagens para lembrar pacientes sobre quando iniciar jejum antes de uma cirurgia, passar horário e local da cirurgia e dicas de saúde, por exemplo.

* Por Alison Diana, da InformationWeek Healthcare USA





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