Tecnologia é aliada na manutenção dos tratamentos de saúde
25/03/2020

Luiz Fernando Pedroso destaca que recursos como a Telemedicina podem salvar vidas

Além da continuidade das consultas, realizadas através da Telemedicina, as ferramentas virtuais asseguram a interação entre pacientes internados e seus familiares

O isolamento social, que se tornou necessário com a pandemia de Covid-19, tem sido um desafio para todos os brasileiros, em especial para aquelas pessoas que precisam manter tratamentos de saúde para patologias crônicas, como é o caso de pacientes de transtornos mentais. Diante desse contexto, a Telemedicina se tornou uma ferramenta importante para assegurar a continuidade dos tratamentos sem colocar em risco de contágio pacientes e profissionais de saúde.

“No cenário atual é crucial facilitar o acesso das pessoas que apresentem qualquer tipo de desconforto psíquico de forma segura. Através da tecnologia, eles podem iniciar o contato com um profissional qualificado ou dar continuidade ao plano terapêutico sem precisar se deslocar até o consultório, garantindo o isolamento bem como a continuidade do tratamento”, explica o psicólogo Ueliton Pereira, diretor técnico da clínica Holiste Psiquiatria.

Diante do atual cenário, a Holiste aumentou seis vezes sua capacidade em Telemedicina, evitando o deslocamento até a clínica. A tecnologia possibilita realizar consultas à distância, sendo indicado para qualquer pessoa que esteja enfrentando algum tipo de desconforto psíquico. Familiares e cuidadores que precisem de informações sobre o manejo de pacientes psiquiátricos também podem recorrer à ferramenta.

Na última quinta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a possibilidade de serem adotadas no país modalidades da telemedicina, para proteger tanto a saúde dos médicos como a dos pacientes e enviou ofício autorizando a prática ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Hoje, foi a vez da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria validar o procedimento, através do ofício 099/2020.

Para o diretor clínico da Holiste, Luiz Fernando Pedroso, a adoção da Telemedicina nesse momento pode salvar vidas, mas a demora do Conselho em regulamentar essa ferramenta é equivocada.

“Há um protecionismo aos profissionais que acaba afetando os pacientes, principalmente em um momento como esse em que a tecnologia é uma alternativa importante e fundamental para manter o atendimento à população sem afetar a quarentena”, defende.

O serviço de Telemedicina permite que pacientes de qualquer lugar do mundo tenham acesso à assistência psiquiátrica e psicológica. Os atendimentos acontecem através de vídeo conferência, sendo necessário apenas uma câmera, microfone e um dispositivo com acesso à internet (smartphone, computador, notebook ou tablets).

Mantendo os laços – A utilização da tecnologia também é uma aliada para os pacientes que estão em internação para tratamento psiquiátrico. Para esses pacientes, é crucial que as visitas sejam suspensas para a garantia da saúde. A medida já foi adotada pela Holiste, que, porém, decidiu assegurar o contato dos pacientes em internação com seus entes queridos, utilizando os recursos tecnológicos.

“Diante da pandemia, o isolamento social é crucial para conter a transmissão do Coronavírus, principalmente para os idosos, que representam cerca de 30% dos pacientes internados na clínica e são um grupo de maior risco de casos graves. No entanto, sabemos da importância da interação familiar no processo terapêutico, por isso montamos uma estrutura de videoconferência para viabilizar a comunicação diária dos pacientes com seus familiares de forma segura”, explica o psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, diretor clínico da Holiste.

Além da suspensão de visitas, o acesso de funcionários e fornecedores também é controlado. Todos passam por triagem antes de entrar no hospital, verificando o quadro clínico, incluindo aferição da temperatura corporal, garantindo a segurando dos pacientes e profissionais da clínica. Também é monitorada a limpeza das mãos com água, sabão e álcool gel.





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