Bueno pode fazer nova compra de ações e tirar Dasa do Novo Mercado
21/02/2014 - por Por Beth Koike | De São Paulo

O comunicado do empresário Edson Bueno informando que poderá fazer uma nova oferta para aquisição de ações a fim de retirar a Dasa do Novo Mercado reforçou a impressão, no setor, de que haverá também um fechamento do capital da maior empresa de medicina diagnóstica do país.

Segundo nota enviada ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma nova oferta será lançada se a fatia de ações em circulação no mercado for reduzida para menos de 25% do capital, mínimo exigido para uma companhia permanecer no mais alto nível de governança corporativa da bolsa.

Hoje, 30,74% do capital da Dasa está no "free float." Esse percentual deve mudar, uma vez que a primeira oferta permanece aberta até 10 de março. A maioria dos investidores com fatias relevantes já aderiu à primeira OPA, mas restam dois grandes acionistas - o fundo de pensão Petros e a gestora americana Oppenheimer, que juntos têm 20,10% - que podem mudar o curso da história. Caso um deles venda cerca de 50% de suas ações, o percentual no "free float" da Dasa cai para menos de 25%, o que abre espaço para a saída do Novo Mercado.

Para fechar o capital não é necessário adquirir 100% dos papéis em circulação, sendo que o mínimo exigido é de apenas dois terços. Os minoritários que não venderem tornam-se sócios de uma empresa de capital fechado, mas com pouca influência. Hoje, há 95,8 milhões ações da Dasa no "free float".

O comunicado da Dasa, assinado por Pedro Godoy Bueno (filho do fundador da Amil), ressalta que serão feitos "os melhores esforços para recompor o percentual mínimo de ações conforme exigido pelo regulamento de listagem do Novo Mercado da BM&FBovespa e, caso tal percentual não seja atingido no prazo de seis meses a contar da conclusão da oferta, poderá realizar uma nova oferta pública de aquisição de ações com objetivo de retirar a Dasa do Novo Mercado."

Mas poucos no mercado acreditam que Bueno fará grandes esforços para continuar nesse segmento especial da bolsa, uma vez que acabou de adquirir as ações da Dasa, num conturbado processo, e não faria sentido já vendê-las.

De qualquer forma, mesmo que não consiga fechar o capital, o empresário já se posiciona como o controlador da Dasa e com grande poder de comando, podendo indicar a maioria dos conselheiros. Hoje, a fatia de Bueno, em conjunto com a de sua ex-esposa Dulce Pugliese, é de 66,5%.


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