Brasileiros buscam empregadores com boa reputação
17/02/2014 - por Por Letícia Arcoverde | De São Paulo

O que buscam os brasileiros na hora de trocar de emprego? Um levantamento da rede social LinkedIn, com mais de 18 mil pessoas de 26 países, mostrou que os profissionais do Brasil estão entre os que mais dão importância à fama da companhia como bom local para trabalhar e os que mais buscam oportunidades de avanço na carreira.

Aqui, 61% buscam organizações que têm a reputação de serem boas empregadoras, índice que fica atrás apenas do da Noruega, onde 62% pensam o mesmo. Esse aspecto foi considerado mais importante que a imagem corporativa em relação à qualidade dos produtos ou serviços - relevante para 19% dos brasileiros - e que a percepção de ser uma empresa "de prestígio", escolhida por 7%.

 

 

Para o gerente de marketing das soluções de talentos do LinkedIn, Bernardo Brandão, isso demonstra que apenas uma marca forte não é suficiente para garantir a atração de novos profissionais. "Os candidatos olham se a companhia se diferencia no ambiente de trabalho, se ela entrega uma proposta de valor para seus profissionais, e se seus funcionários têm orgulho de trabalhar nela", diz.

Um maior número de candidatos brasileiros ativos - que estão em busca de emprego - querem trocar de trabalho porque buscam oportunidades melhores de avanço profissional. São 52%, contra 31% na média global. Para Brandão, existe uma preocupação maior do profissional do país com as oportunidades de crescimento na carreira. Não por acaso, os brasileiros também são os que mais dão importância ao nome do cargo da nova vaga na hora de procurar emprego. Aqui, apenas 14% dizem não ligar para isso, ante 33% na média global e 46% no Reino Unido, por exemplo.

Quando analisados os candidatos passivos - que não estão ativamente em busca de emprego, mas considerariam uma proposta -, um salário mais alto, com ampliação de benefícios, é o principal motivo que os faria trocar de empresa. "Se a pessoa está feliz na atual empresa e a mudança representa algo novo, sem garantia de realização, a questão financeira fala mais alto", explica Brandão. Por outro lado, o candidato ativo já decidiu que quer trocar de emprego e pode abrir mão desse aspecto.

Para o gerente, os resultados mostram que as companhias precisam levar em conta que conversam com candidatos de públicos diferentes e com motivações distintas na hora de montar sua estratégia de recrutamento. Além disso, é preciso investir na percepção de que a organização possui um bom ambiente de trabalho. "Se a empresa cuidar da sua reputação e conseguir comunicar que as pessoas lá dentro estão felizes e se desenvolvem, vai atrair candidatos mais engajados", diz.



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