Receita da Unimed-Rio cresce 23,8% para R$ 3,5 bi
11/02/2014 - por Por Diogo Martins | Do Rio

O lucro líquido da Unimed-Rio cresceu 70% no ano passado em relação a 2012, totalizando R$ 51 milhões. A alta ocorreu, em boa parte, porque a empresa aumentou a carteira de clientes. Entre 2012 e 2013, seu faturamento cresceu 23,8%, para R$ 3,545 bilhões.

Em setembro, a Unimed-Rio comprou a carteira da Golden Cross. A base de clientes da Unimed-Rio cresceu 28%, no ano passado em relação a 2012, para 1,2 milhão. "O que fez grande diferença foi a inserção de 160 mil clientes da Golden Cross", diz o superintendente geral da Unimed-Rio, Humberto Modenezi.

Com esse resultado, a Unimed-Rio aproxima-se da Unimed-BH, que em dezembro de 2013 tinha 1,4 milhão de clientes e é considerada a maior cooperativa de médicos do país. A Unimed Paulistana, que era a segunda maior, enfrenta situação financeira delicada e registrava, em dezembro, 751 mil usuários.

Atualmente, a Unimed-Rio vende planos na capital fluminense e em Duque de Caxias, região metropolitana. Nessas duas cidades, a empresa é líder de mercado, com 27% de participação.

No ano passado, o índice de sinistralidade, a razão entre custos médicos e faturamento, caiu 0,6 ponto percentual, para 72,1%. A queda, que na prática implica em custos menores para a cooperativa, foi provocada pelo aumento da rede própria. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2013 ficou em R$ 200,8 milhões, ao passo que o patrimônio líquido foi de R$ 302,4 milhões. No ano passado, os investimentos da Unimed-Rio totalizaram R$ 243 milhões.

Os dados levam em conta o efeito da Resolução Normativa (RN) 290, editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determina a não contabilização dos recursos aferidos com a utilização dos clientes de outras Unimeds em áreas cobertas pela cooperativa carioca. Sem a RN 290, a receita bruta da companhia teria sido de R$ 3,9 bilhões.

As perspectivas para a Unimed-Rio e para o restante do setor de planos de saúde continuam positivas, na avaliação de Modenezi, já que a saúde pública permanece com "problemas crônicos". Apesar disso, o panorama é "desafiador", uma vez que a inflação permanece alta, a renda do trabalhador cresce em ritmo menor e a formalização no mercado de trabalho ocorre mais lentamente. A formalização é importante porque, geralmente, os trabalhadores passam a ter acesso a planos de saúde.

"Existe uma restrição de preços porque a renda do trabalhador fica comprometida com a inflação, mas a inflação na medicina gira em torno de 12%. Fica difícil repassar esse aumento e oferecer planos para as classes C e D, onde há grande espaço para crescer", afirma o Modenezi, traçando um paralelo com a inflação ao consumidor, que está em 5,59%, segundo o IBGE.

A Unimed-Rio avalia abrir o capital em quatro ou cinco anos, conta Modenezi. Esse é o tempo que a cooperativa precisará para se preparar e "amadurecer". "É um tempo necessário, pois trata-se de um modelo em que haveria o sistema cooperativo ao lado do corporativo. A cooperativa teria o controle acionário da empresa que nasceria do IPO [Oferta Pública Inicial]", diz. Os recursos com o IPO, diz ele, serviriam para expandir a rede própria e "levantar" negócios, com a compra de outras empresas. Estão no radar da Unimed-Rio empresas de pequeno e médio porte, que atuem em municípios onde a companhia carioca não está.



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