Os modelos de telessaúde da TelDoctor
14/10/2019

A TelDoctor é uma empresa 100% americana com DNA brasileiro, segundo o CEO Marcelo Callegari. Foi fundada em 2018, mas há 9 anos já era uma plataforma de telemedicina voltada apenas a um segmento. Agora tornou-se multiuso e foi lançada com um novo nome, nova cara e roupagem. 

A equipe de 24 médicos atende diariamente uma média de 1000 pessoas. Eventualmente esse número chega a 2000 consultas no dia. O corpo clínico ainda conta com fisioterapeuta, psicólogo e dentista, além de especialidades como cardiologista e emergencista. 

Hoje a TelDoctor possui 3 modelos de negócios: i) um B2C, o mais comum, onde o médico atende um paciente via site ou aplicativo; ii) um B2B2C de farmácia inteligente, onde o farmacêutico faz o elo entre um médico e um paciente que está na farmácia e iii) um B2B de medicina ocupacional, onde o médico atende o trabalhador da empresa contratante do serviço. 

Segundo Marcelo, o modelo da farmácia inteligente trouxe dinamicidade às redes de farmácia e é um segmento em crescimento. Nele, o farmacêutico apoia o paciente na inserção de seus sintomas e outras explicações na plataforma digital que funciona com o auxílio de Inteligência Artificial. Esse processo torna mais precisa e rápida a intervenção médica. 

“Com isso a gente desafoga hospital, desafoga clínica, desafoga SUS, porque a pessoa já teve ali um primeiro atendimento próximo de casa, muitas vezes na farmácia mais próxima”, afirma o CEO que vive há mais de 10 anos nos EUA e conta que por lá este primary care (primeiro cuidado, em tradução livre) existe há bastante tempo. “Nós somos inovadores em relação ao sistema que foi criado. Hoje podemos dizer que somos os únicos que fazemos isso [no Brasil]”, diz Callegari.

A vertical de medicina ocupacional foi criada especialmente para otimizar os processos de contratação e demissão. É uma exigência legal que envolve uma despesa grande de tempo e dinheiro. Ao ser realizada através da telemedicina, é possível uma economia em ambos. 

Até o momento de nossa conversa, Marcelo nos conta que contratos com grandes operadoras estavam para ser fechados. Além disso, já estão para iniciar atividades em outros 2 países na Europa e 1 no Oriente Médio. “Sabemos que temos um super foguete nas mãos”, celebra o CEO que conta ter ficado 5 anos em uma imersão para desenvolvimento do produto. 

Marcelo ainda afirma que a capacidade da plataforma hoje de 200 mil atendimentos/mês consegue facilmente ser escalada em 10 vezes com a contratação de mais médicos, após testes e confirmação de sua robustez. “A telemedicina assim como outras ferramentas ligadas à tecnologia vieram pra ficar e pra auxiliar a longevidade, a qualidade de vida das pessoas e transformar a saúde pública. Ela mudou a forma das pessoas entenderem e lidarem com a saúde e isso só tende a aumentar”, finaliza Callegari.





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