O constante crescimento dos custos de saúde, que já representa 13,5% da folha de pagamentos, fez com que 94% das empresas fizessem alguma mudança nos programas de saúde tendo como principal direcionador a redução das despesas.
Quase metade destas (46%) incluiu ou alterou o desenho de coparticipação dos colaboradores em procedimentos médicos, como consultas, exames simples, exames especiais, terapias e pronto-socorro, entre outros.
Outro grupo (39%) fez migração de operadora, e 28% alterou a elegibilidade de nível de plano por cargo, ampliando a oferta de planos básicos até os níveis de cargos de especialistas, segundo a 29ª Pesquisa de Benefícios Corporativos da consultoria Mercer Marsh Benefícios™ junto a 611 empresas empregadoras de 1,5 milhão de colaboradores.
A amostra analisada abrange 2,6 milhões de vidas (titulares e beneficiários dos planos). Do total de participantes, 57% são multinacionais e 58% têm faturamento acima de R$ 100 milhões.
Coparticipação
Em relação à coparticipação, segundo o estudo, esta prática subiu de 51% em 2015, para 74% em 2019. Ainda de acordo com o levantamento, a participação dos colaboradores nos valores das consultas, exames simples, exames especiais, terapias e pronto-socorro, entre outros procedimentos simples, é em média 24%.
As empresas participantes da pesquisa da consultoria representam os principais setores da economia. Dos cerca de 30 setores analisados, quatro foram destacados para identificar as diferentes estratégias diante da média geral: bens de consumo não duráveis, química, tecnologia e varejo.
Coparticipação para segmentos
O setor varejista se destaca com 86% das organizações aplicando o modelo de coparticipação, seguido por empresas de bens de consumo não duráveis (85%), indústria química (70%) e tecnologia (65%). Nesses setores, a participação dos colaboradores nos valores dos procedimentos é de 22% a 25%.