Custo médio per capita do plano de saúde para os trabalhadores cresceu 10% em 2019, segundo pesquisa da consultoria Mercer Marsh Benefícios™
28/08/2019

Custo per capita da assistência médica subiu de R$ 358,87, em 2018, para R$ 395,18 neste ano. Para controlar custos, empresas ampliam em 19% os investimentos nos programas de saúde, bem estar e qualidade de vida, e os valores passaram  de R$ 271,21 para R$ 322,66 ao ano por funcionário

O valor médio per capita do benefício saúde cresceu 10% em 2019, saindo de R$ 358,87 em 2018, para R$ 395,18 este ano, de acordo com a 29ª Pesquisa de Benefícios Corporativos da consultoria Mercer Marsh Benefícios™. O levantamento, que avaliou as estratégias de benefícios de 611 empresas empregadoras de 1,5 milhão de colaboradores, também traz uma série histórica do valor por funcionário desde 2012 (R$ 158,42).

A amostra analisada abrange 2,6 milhões de vidas (titulares e beneficiários dos planos) e, de acordo com a pesquisa, nos últimos oito anos, a evolução dos custos de saúde foi de 150% contra 64% da inflação (IPCA) no mesmo período.

O resultado da pressão do custo de saúde é traduzido no impacto direto que isto representa quando medido em relação à folha de pagamento. A assistência médica representou 13,03% da folha de pagamento em 2018 e deve chegar em 13,5% em 2019.

Das 611 empresas participantes da pesquisa, 57% são multinacionais, e 58% têm faturamento acima de R$ 100 milhões. “É um grande desafio para as empresas gerenciar os custos com saúde e, por isso, cada vez mais elas estão procurando entender o perfil de saúde de seus colaboradores e o comportamento dos mesmo com relação ao uso de assistência médica. Mas não é somente controlar as despesas, as companhias buscam também ter principalmente uma mão de obra saudável, engajada e produtiva”, afirma Mariana Dias Lucon, diretora de produtos e consultoria da Mercer Marsh Benefícios™

Empresas ampliam investimentos no curto e longo prazo

Ampliação dos investimentos também está entre as medidas prioritárias das empresas. A pesquisa mostra que o investimento financeiro por funcionário cresceu 19% em 2019 (R$ 322,66) na comparação com 2017 (R$ 271,21). É o maior valor desde 2014 de acordo com a série histórica da pesquisa. Além disso, até 2021, 40% planejam ampliar os investimentos per capita.
 

Os dados do levantamento também revelam que as companhias estão programando para os próximos dois anos medidas de curto e longo prazo para gerenciar a saúde dos trabalhadores. No curto prazo, 50% farão redesenho de seus contratos e reavaliação dos prestadores de serviços.

No longo prazo, a maioria (68%) planeja estratégias de saúde e bem estar como implementar programas de prevenção e promoção à saúde. Um menor grupo (19%) deseja extinguir o compromisso do benefício pós-emprego relacionado ao plano de saúde. E outra parcela (17%) fará avaliação de programas de benefícios flexíveis.

 





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