Tabagismo aumenta a necessidade de procedimentos ambulatoriais; ranking da pesquisa UNIDAS mostra que esses atendimentos também estão entre os primeiros colocados em maiores gastos para as operadoras
Na semana que é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), estudo realizado pela Capesesp (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde), filiada à UNIDAS (União das Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), mostra que os fumantes utilizam 5% a mais o plano para procedimentos ambulatoriais, como consultas, exames e atendimentos em pronto-socorro.
Embora dados do Ministério da Saúde apontem que em 12 anos o número de fumantes no Brasil tenha caído 40%, eles ainda utilizam de maneira significativa o plano de saúde, o que representa uma diferença de 32% na despesa anual das autogestões para tratar uma pessoa fumante, comparada a um não fumante.
“O aumento do uso, se deve a outras doenças relacionadas ao tabagismo. Os fumantes têm maiores chances de desenvolver diversas doenças, em especial as respiratórios, cardiovasculares e o câncer” explica o presidente da Capesesp, João Paulo dos Reis Neto.
A pesquisa, que avaliou uma amostra de 2.188 beneficiários, identificou ainda que 3,5% são fumantes, sendo 52% do sexo feminino e 48% do masculino – com idade média de 52 anos. Desses, 64% tem o hábito de fumar há mais de 10 anos. Em relação à quantidade, o estudo demonstrou que 59% fumam de 1 a 10 cigarros por dia; 30% fumam de 11 a 20 cigarros; e 89% menos de um maço por dia.
“Os dados são da Capesesp, mas podem ser considerados uma realidade nos planos de autogestão como um todo. Esses dados dão luz à importância de investirmos cada vez mais em programas de prevenção, tratamento e controle do tabagismo, a fim de promover uma vida mais saudável aos beneficiários”, ressalta o presidente da UNIDAS, Anderson Mendes.
Dados da pesquisa UNIDAS 2017/2018, que faz um raio-x do setor, revelam que os procedimentos ambulatoriais já são, normalmente, os itens mais utilizados pelos beneficiários nas operadoras de autogestão. As consultas – sejam eletivas ou aquelas realizadas em pronto-socorro – ocupam as primeiras colocações entre os maiores gastos.
A Pesquisa UNIDAS é feita anualmente desde o ano 2000 e visa conhecer o perfil das instituições de autogestão em saúde. A publicação se consagrou como um importante referencial para identificar tendências e orientar a tomada de decisões das autogestões, sendo utilizada por diversas entidades do segmento privado da saúde, inclusive pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A pesquisa traz dados desde inflação médica até ranking das causas mais comuns em internações
Sobre a UNIDAS
A UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde é uma entidade associativa sem fins lucrativos, representante das operadoras de autogestão do Brasil. A autogestão em saúde é o segmento da saúde suplementar em que a própria instituição é a responsável pela administração do plano de assistência à saúde oferecido aos seus empregados, servidores ou associados e respectivos dependentes. É administrado pela área de Recursos Humanos das empresas ou por meio de uma Fundação, Associação ou Caixa de Assistência – e não tem fins lucrativos. Atualmente, a UNIDAS congrega cerca de 120 operadoras de autogestão responsáveis por prestar assistência a quase 5 milhões de beneficiários, que correspondem a 11% do total de vidas do setor de saúde suplementar. É entidade acreditadora chancelada pelo QUALISS, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio do programa UNIPLUS.