Hospital Sabará tem primeiro superávit operacional em 3 anos
06/01/2014 - por Por Beth Koike | De São Paulo

O Hospital Infantil Sabará, do pediatra José Luiz Setúbal, da família fundadora do banco Itaú, fechou 2013 com superávit operacional de R$ 2 milhões. É a primeira vez nos últimos três anos, período em que iniciou uma profunda reestruturação, que o hospital apresenta um resultado positivo.

No ano de 2012, o Sabará registrou déficit operacional de R$ 9,5 milhões e em 2011, quando o hospital tornou-se uma fundação, o resultado foi negativo em R$ 18,5 milhões. Setúbal, que comprou o hospital em 2005, é o presidente da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, que reúne o hospital e o Instituto Pensi, dedicado a pesquisa e ensino em saúde infantil.

"Na última linha do balanço ainda temos prejuízo devido aos investimentos. Acredito que no próximo vamos [2014] fechar com resultado positivo", disse Eduardo de Almeida Carneiro, que assumiu a presidência do Hospital Infantil Sabará em junho de 2012. Nos seis anos anteriores, Carneiro foi presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e um dos responsáveis por tirar a entidade beneficente do vermelho.

O faturamento do Sabará teve crescimento de 38% para R$ 130 milhões. A melhora no desempenho foi motivada por uma combinação de fatores. "Renegociamos contratos com as operadoras de planos de saúde que estavam muito defasados. Eram da época em que o Sabará era basicamente um pronto socorro para crianças. Tivemos um aumento médio de 30% na precificação", disse Carneiro.

Outro fator para o incremento da receita do hospital foi o aumento de 30 leitos, totalizando 136 unidades para internação. O Sabará conseguiu acrescentar esses leitos ao transferir sua área administrativa para um outro prédio, em frente ao hospital.

Apesar de o novo prédio ter sido entregue há apenas três anos, o Sabará já está com 85% de sua capacidade ocupada e já busca uma nova área para expandir. "Estamos conversando com um condomínio de prédio com consultórios que fica atrás do hospital, a cerca de quatro metros de distância, para fazer uma ligação com o hospital", disse Carneiro.

O prédio atual do Sabará demandou R$ 50 milhões para a reforma e mais R$ 40 milhões em equipamentos médicos. O investimento no imóvel foi feito pela gestora Pátria, que no ano passado vendeu o prédio ao North West Value Partners, grupo canadense de investimentos imobiliários.


 




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