A Unimed Rio firmou acordo de joint venture com a Oncoclínica CTO para criar o Centro de Excelência Oncológica. A primeira unidade, que terá nome igual ao da nova empresa, será construída na Barra, e deve ficar pronta no segundo semestre de 2014. Até lá, o serviço será oferecido em um ambiente no hospital Unimed-Rio, já a partir de fevereiro. O superintendente geral da Unimed-Rio Empreendimentos, Walter Cesar, que falou com exclusividade ao ValorPRO, serviço de tempo real do Valor, afirmou que o novo acordo é um passo importante dentro do processo de verticalização das operações da empresa.
"Para gerir custos é preciso ser criativo e eficiente no processo de gestão. E um dos mecanismos é ter substancial controle dessa cadeia de produção. Verticalização se transforma numa parte importante de controle para gerir melhor os custos", disse o superintendente.
As próximas prioridades da Unimed Rio, segundo Cesar, são a aquisição de outras unidades hospitalares e a entrada no segmento de serviços auxiliares de diagnóstico e tratamento.
"Estamos olhando possibilidades [de aquisição] de outras unidades hospitalares. Temos oportunidade de aquisição de pelo menos três unidades", adiantou o superintendente.
A decisão do que comprar, segundo Cesar, vai depender da localização dos empreendimentos. "Zona oeste é uma possibilidade, zona sul também. Tudo depende da área [geográfica] e do negócio", disse, sem dar detalhes.
Além da análise de novas oportunidades de negócios, a Unimed Rio vai focar na consolidação das atividades do hospital e do centro oncológico em 2014.
A joint venture recém-celebrada, por exemplo, vai ser importante, segundo Cesar, para transformar "um componente importante" dos gastos - que são os altos custos que qualquer empresa no segmento de saúde tem com oncologia - em geração de caixa.
"Com a joint venture transformamos um valor que antes era unicamente de despesa, em um resultado na operação. Passamos a participar do resultado que a operação [proporciona]", explicou Cesar.
A Unimed não entrou com recursos financeiros na parceria. O acordo, segundo Cesar, foi desenhado para que o centro atenda o equivalente a 70% do custos da Unimed com oncologia, que geralmente gira em torno de R$ 100 milhões por ano.
A Oncoclínica, por sua vez, entrou com recursos para a formação societária, valor que Cesar não informou, e com uma participação acionária. Como resultado a Unimed terá participação minoritária de 8% a 10% em ações preferenciais da Oncoclínica a partir de agora. Logo, além da geração de caixa proveniente da operação, a Unimed terá alguma receita marginal adicional.
O primeiro centro oncológico, estima Cesar, deve demandar cerca de R$ 5 milhões, a serem investidos de forma compartilhada pelas duas empresas. A participação de cada uma na joint venture é de 50%.
Cesar explicou que as duas empresas têm até 60 dias após o início das atividades do centro para desenvolver um plano estratégico com previsões de expansões para novas áreas geográficas.
"O acordo prevê, ainda, a possibilidade de aproveitar a capilaridade que a Oncoclínica [já possui]", disse.
Quando perguntado sobre o resultado de 2013, Cesar informou que a Unimed Rio ainda está terminando de apurar os números. "Foi um ano bom, de crescimento da empresa, e acho que 2014 tem tendência importante de crescimento também. A taxa média de crescimento da Unimed é de 7% ao ano, sendo alguns anos, como este ano, com crescimento até maior", disse o executivo.