Com o negócio, a operadora criou uma subsidiária de tecnologia aplicada à saúde, cujos acionistas são a Hapvida, com 75% do capital, e os fundadores da Infoway, que ficam com os demais 25%. Essa nova subsidiária vai reunir também a Haptech, empresa que atua no mesmo segmento da adquirida. O grupo passa a administrar uma carteira com 820 mil usuários de planos de autogestão — modalidade de convênio médico da própria empresa e não ligada a uma operadora.
“Seguramente, se fizer sentido, vamos adquirir outros ativos de health tech”, disse Bruno Cals, diretor financeiro e de RI da Hapvida, referindo-se à tecnologia em saúde.
A transação envolve um pagamento de R$ 12,5 milhões em 12 meses e pode incluir um adicional de até R$ 7,5 milhões, dependendo da performance no prazo de cinco anos. Em 2018, a Infoway registrou faturamento de R$ 25 milhões.
Segundo Cals, a empresa adquirida tem uma plataforma tecnológica que oferece outros serviços ligados à inteligência artificial. O sistema consegue, por exemplo, identificar clientes com predisposição para cancelar o plano de saúde devido a episódios envolvendo inadimplência.
“O sistema também é capaz de dar laudos dos exames. Isso não vai substituir o médico, será um serviço adicional ao profissional”, afirmou. A plataforma vai usar a base de dados dos usuários da Hapvida — bem maior do que a Infoway dispunha até então — para “aprender” a fornecer os laudos.
Hoje, a plataforma usa a inteligência artificial para checar os pagamentos dos procedimentos médicos realizados pelos usuários dos planos de autogestão.