No momento em que está em discussão a regulamentação no Brasil do uso da telemedicina, a Qualirede, que atua no desenvolvimento e implementação de soluções integradas em toda a cadeia do Sistema de Saúde, adotou recentemente o sistema de teleconsultas em suas Clínicas de Atenção Primária à Saúde. Cerca de 250 profissionais fazem parte do serviço em 17 especialidades: cardiologia, dermatologia, gastrenterologia, hematologia, neurologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, cirurgia cardiovascular, endocrinologia/metabologia, geneticista, infectologia, pediatria, clínica geral, obstetrícia/ginecologia, nefrologia, ortopedia e pneumologia.
Como o próprio nome já diz, as teleconsultas são consultas não presenciais em que o profissional de saúde busca assistência de um especialista, como uma segunda opinião no diagnóstico, um medicamento mais indicado, ou até mesmo orientações sobre a realização de um procedimento. “Quando o médico de família identifica a necessidade de realizar a teleconsulta ele aciona a especialidade desejada via plataforma online. As pessoas têm gostado muito dessa modalidade, pois percebem que têm dois médicos interessados no seu cuidado”, explica a diretora de operações em saúde da Qualirede, Gizelli Aires Ribeiro.
A prática só é permitida no Brasil se houver um profissional de saúde em ambas as pontas do canal de comunicação. “Entendo que é uma ferramenta que pode ajudar a melhorar o sistema de saúde do país por meio de diagnósticos mais rápidos, além de facilitar o acesso em localidades remotas e até mesmo a reduzir custos”, ressaltaGizelli. Ela esclarece que a telemedicina não acabará com o atendimento presencial, já que é apenas uma forma de otimizar as consultas médicas. “Nos casos que já usamos percebemos agilidade no diagnóstico ou na escolha do tratamento. Ao invés de marcar uma consulta com geneticista, esperar de três a quatro semanas para ser atendido, fazer os exames, retornar no geneticista e iniciar o tratamento, o caso pode ser resolvido em uma única consulta. Assim reduzimos o tempo e o desgaste do paciente de ir de um serviço a outro.”