Pelo terceiro trimestre consecutivo, o Fleury registrou queda no lucro líquido. A empresa de medicina diagnóstica, presidida por Vivien Rosso, apurou na última linha do balanço um resultado de R$ 18,3 milhões entre julho e setembro, redução de 30,1% quando comparado a igual período do ano passado.
Segundo João Patah, diretor de relações com investidores do Fleury, o desempenho é consequência da reestruturação promovida pela companhia e que gerou uma despesa de R$ 14,5 milhões, o equivalente a 3,3% da receita líquida do trimestre.
Entre as medidas adotadas na reestruturação estão, por exemplo, o cancelamento de contratos com a Unimed-Rio e Unimed Paulistana , descontinuidade das áreas de gestão de pacientes com doenças crônicas e promoção à saúde, consideradas pouco rentáveis.
Além disso, o Fleury também teve gastos adicionais com pagamento de multas para devolução de imóveis de unidades fechadas e demissão de funcionários. "Também houve mais despesas com aluguéis de unidades abertas, mas que ainda não geraram receitas", disse Patah.
Com isso, houve um descasamento entre gastos e faturamento. A receita líquida aumentou 10% para R$ 439,9 milhões e os custos dos serviços prestados sofreram alta de 21,5% atingindo R$ 340,3 milhões no terceiro trimestre.
O Ebitda (lucro líquido antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 7,8% para R$ 75,5 milhões. A margem do respectivo indicador ficou em 17,2%, ou seja, 3,3 pontos percentuais a menos.
O lucro líquido e Ebitda vieram muito abaixo do estimado pelo mercado. Segundo analistas de Bradesco, HSBC e Deustche, o lucro previsto era de R$ 30,8 milhões e o resultado operacional, de R$ 84,9 milhões. (BK)