As operadoras de planos de saúde ainda não têm como estimar o impacto que terão em seus custos, a partir de janeiro de 2014, para oferecer mais 87 procedimentos, incluindo 37 medicamentos orais para o tratamento domiciliar de câncer e 50 novos exames, consultas e cirurgias.
A determinação da Agência Nacional de Saúde (ANS), divulgada na segunda-feira, não surpreendeu - a ampliação do rol de serviços esteve em consulta pública por cerca de quatro meses. Mas o peso exato disso nas contas das empresas terá que ser medido em 2014.
Pela primeira vez, há inclusão de medicamentos orais para tratamento domiciliar de diferentes tipos de câncer como os de estômago, fígado, intestino, rim, testículo, útero, ovário e mama.
"Para medir o impacto, precisamos de experiência, saber quanto de fato se gasta", diz Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde, que reúne 17 grupos do setor de planos de saúde. Há um cálculo aproximado, da ANS, de que os novos procedimentos poderiam equivaler a cerca de 1% do total de despesas registrados pelos planos de saúde.
O diretor-executivo da FenaSaúde, José Cechin, afirmou em agosto, à Agência Brasil, que no ano passado 96,7 mil pessoas foram internadas para tratamento de diversos tipos de câncer - em um universo de 1,9 milhão de pessoas internadas - e que esse número tende a cair em 2014. "Em princípio, espera-se que venha a reduzir a internação que é feita para ministrar a medicação (contra o câncer). A expectativa é essa", disse Cechin. As 96,7 mil internações representaram 5,1% do total de internações por planos das empresas associadas à FenaSaúde.