Médicos do trabalho não podem passar um ano sequer sem se atualizar
30/01/2019

Para entendermos melhor como a atualização reflete na área da saúde, a redação do Secad conversou sobre o assunto com a presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), Dra. Márcia Bandini. Veja o que a profissional declara como imprescindível para o aprimoramento constante de médicos do trabalho.

Para saber mais informações sobre o Programa de Atualização em Medicina do Trabalho, uma parceria do Secad e da ANAMT, clique neste link.

O que um médico do trabalho deve fazer para estar a par das novidades da área?

Para começar, estar sempre atento. Como a Medicina do Trabalho é uma especialidade que está apoiada na Clínica Médica e na Saúde Pública, mas sofre forte influência dos requerimentos legais, é preciso acompanhar o que acontece no mundo da ciência, da gestão, da ética e da legislação – isso no mínimo. Médicos do trabalho não podem se dar ao luxo de passar um ano sequer sem se atualizar. Ficamos obsoletos muito rapidamente. Então, para estar a par das novidades é preciso estar atento e disposto a estudar sempre.

E quais são as tendências para os próximos anos na Medicina do Trabalho que os profissionais devem ficar atentos?

Atualmente, percebemos uma clara tendência em três áreas: a gestão integrada de saúde, segurança e ambiente; a atenção integral à saúde com adoção de práticas de atenção primária; e a gestão de saúde suplementar, já que 70% dos planos de saúde no Brasil são financiados por empresas. Como se pode perceber, há muito a aprender na Medicina do Trabalho. O mercado está aberto a profissionais com essas qualificações.

Não ter tempo é desculpa para o médico do trabalho não se atualizar?

Bem, falta de tempo é desculpa para tudo que a gente deixa de fazer, mas não é justificativa. É claro que a vida moderna nos impõe ritmos muito desafiadores, mas aí é que entra a tecnologia e a possibilidade de você se atualizar a distância. Se pensarmos em um curso de 120 horas como é o do Secad, isso representa 2,5 horas por semana e ainda dá para tirar um mês de férias por ano. Se a gente abrir mão de uma novela ou série na TV a cabo dá pra fazer. Quando a ANAMT traz o “aprender a aprender” como uma das competências requeridas para o exercício da Medicina do Trabalho, estamos falando deste papel de protagonista que os médicos de trabalho precisam ter com o desenvolvimento da própria carreira.

Qual seu conselho para os profissionais que estão começando na especialidade?

Não cair no erro mais comum de quem começa que é acreditar que a Medicina do Trabalho é fácil. Não é de jeito nenhum. Envolve a exigência de um grande conhecimento de base, necessidade de atualização constante, responsabilidade técnica e legal, além de grandes desafios éticos no cotidiano. Pela própria característica da especialidade, atuamos em ambientes menos protegidos como é, por exemplo, o de um hospital. Isso faz com que a atividade seja, muitas vezes, solitária. E nada é pior para a tomada de decisão do que se sentir sozinho e desassistido. Então, eu digo para todos – e não apenas para os novatos – que se juntem à ANAMT. Participem e ajudem a trazer para nossa especialidade a grandeza que foi semeada por Bernardino Ramazzini.

Fonte: Anahp




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