As farmacêuticas britânica GlaxoSmithKline (GSK) e americana Pfizer chegaram a um acordo para criar uma joint venture, a partir da união de suas unidades voltadas para cuidados de saúde ao consumidor.
A empresa, que terá faturamento na casa dos 9,8 bilhões de libras (US$ 12,4 bilhões), será a responsável por produtos como os medicamentos Voltaren e Advil, o complexo vitamínico Centrum e o creme dental Sensodyne.
A expectativa é que três anos após a conclusão da operação -- esperada para o segundo semestre de 2019 --, a nova empresa faça sua estreia na Bolsa de Londres, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (19) pelas companhias.
Pelos termos do acordo, a participação da GSK no negócio será de 68% e a da Pfizer, de 32%.
A notícia impulsionou os papéis das duas companhias. Há pouco, as ações da GSK subiam 7%, para 154,98 libras esterlinas, em Londres. Na pré-abertura de Nova York, os papéis da Pfizer subiam 1%, cotados a US$ 42,82.
A união das duas farmacêuticas, a partir da fusão de suas unidades de saúde ao consumidor, foi bem recebida por analistas de mercado. Eles acreditam em um aumento do retorno para investidores e os benefícios financeiros para as duas companhias.
Em comunicado, a administração da GSK disse que a transação representa uma oportunidade de melhor aproveitamento da compra da parcela da suíça Novartis em uma outra joint venture que atua na mesma área de saúde ao consumidor.
A expectativa, informa a GSK, é criar uma empresa líder mundial nessa área, aumentando assim o retorno aos acionistas.
Sobre sinergias, a GSK informou que a parceria deve gerar economias de 500 milhões de libras esterlinas por ano até 2022. Os custos da transação serão, de pouco mais de 1 bilhão de libras esterlinas, que devem ser compensados com desinvestimentos, diz o comunicado.