A farmacêutica americana Eli Lilly vai fechar a sua única fábrica no Brasil, localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, que emprega cerca de cem funcionários.
A produção será transferida para Porto Rico, assim como a da Espanha. A transferência não tem relação com o desempenho da operação, segundo Karla Alcazar, gerente-geral da unidade brasileira.
“Crescemos 22% [em 2018] e, em 2019, seremos a maior subsidiária da América Latina [hoje é o México]. É uma decisão estratégica global que não afeta nosso negócio no Brasil. Ainda seguiremos por aqui por muitos anos”, diz a executiva.
A fábrica brasileira produz quatro dos dez medicamentos comercializados no mercado nacional, além de embalar parte dos importados.
Todos os remédios fabricados no país são comprimidos. “São produtos que não têm mais patente e que têm vendido menos nos últimos anos”, afirma.
A previsão é que a transferência de tecnologia para Porto Rico e o fechamento da planta leve de 2 a 3 anos.
A prioridade da multinacional será a comercialização de medicamentos mais avançados e caros, como biológicos, que hoje representam 40% das vendas localmente.
No ano que vem serão pelo menos três lançamentos em áreas como imunologia, oncologia e diabetes, diz Alcazar.
US$ 18,12 bilhões
(R$ 70,97 no câmbio atual) foi o faturamento no acumulado de 2018 até setembro
38,6 mil é o número de funcionários no mundo
600 são os empregados no Brasil
1953 é o ano de inauguração da fábrica da Lilly no país