Diariamente estamos conectados. De acordo com o último relatório Digital in 2018, divulgado pelos serviços online Hootsuite e We Are Social, o número de pessoas conectadas à internet, pelos mais diversos canais, mas principalmente por meio de dispositivos móveis, já atinge 4 bilhões, o que corresponde a mais da metade da população mundial. Com a evolução constante das tecnologias de informação e conectividade, as pessoas tornam-se cada vez mais dependentes dos dispositivos eletrônicos para desenvolver suas atividades no dia a dia. Quanto mais tecnologia, maiores as possibilidades de uma solução conversar com a outra e oferecer, dessa forma, um serviço integrado que possa otimizar ainda mais determinadas atividades.
Já preconizando essa tendência, o cientista norte-americano Mark Weiser utilizou pela primeira vez o termo computação ubíqua no artigo “The Computer for the 21st Century” ou “O Computador para o Século 21”, publicado em 1991. Weiser utilizou esta terminologia, derivada do latim ubiquu – que significa estar em todos os lados, partes e locais – para representar a presença constante da tecnologia no cotidiano das pessoas. O cientista citou ainda que, um dia, teríamos dispositivos conectados em todos os lugares, permitindo a integração total da relação tecnologia/seres humanos de forma tão sutil que sua utilização se tornaria invisível e seria feita de forma tão natural que sequer perceberíamos. Hoje em dia isso já acontece, e conhecemos esse conceito como Internet das Coisas (IoT).
O termo é uma repaginação do conceito de computação ubíqua e refere-se ao uso de objetos físicos conectados à internet formando uma rede capaz de coletar, analisar e transmitir dados, além de tomar decisões com base nisso. Tudo sem a interferência humana e por meio da conexão à rede de internet. Já temos muitas coisas conectadas à internet, como o videogame, uma SmartTv, e até mesmo câmeras de segurança interconectadas com um sistema online. Alguns exemplos de como a IoT pode ser utilizada vão desde edifícios com sensores para ajuste de temperatura e luminosidade de forma automática, passando por máquinas ou equipamentos que alertam equipes de manutenção sobre uma falha iminente, até dispositivos wearables ou “vestíveis”, que registram dados relacionados a número de passos, batimentos cardíacos, calorias consumidas, informações sobre o sono e até mesmo pressão arterial. Por meio destes equipamentos eletrônicos que são utilizados acoplados ao corpo humano é possível obter uma série de dados relacionados até mesmo à saúde das pessoas, coletando dados que ficam armazenados e podem ser utilizados em avaliações médicas futuras e até servir como suporte ao diagnóstico de eventuais problemas.
Um exemplo de tecnologia que ajuda na prevenção da saúde é a plataforma online GoGood, que integra diversos aplicativos de saúde – como Strava RunKeeper, HealthKit, FitBit, wearables etc. – em que os colaboradores de empresas são desafiados a adotar rotinas saudáveis, e focar em itens fundamentais como a prática de atividades físicas, qualidade da alimentação, sono, estresse e peso. De forma lúdica, a empresa envolve os colaboradores a alcançarem determinados resultados, o que resulta num engajamento com toda a equipe. Entre os resultados alcançados pelas empresas está 30% de melhoria em indicadores de clima organizacional, 59% de aumento de engajamento dos colaboradores com a empresa e 122% de crescimento da média de atividades físicas nos colaboradores. “A tecnologia é hoje uma grande aliada da prevenção da saúde. Seja por meio de wearables ou aplicativos online, é possível registrar dados fundamentais que buscam não somente melhorar a qualidade de vida e os hábitos de seus usuários, mas revolucionar a prática da medicina em si, atuando na prevenção e não somente no tratamento de doenças”, declara Bruno Rodrigues, CEO da GoGood.