A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que a mudança de modelos de remuneração dos hospitais e prestadores de serviço possibilita a sustentabilidade e a redução de custos do setor.
A ANS afirmou, no entanto, não pretende estabelecer modelos de remuneração obrigatórios, e que essa medida fugiria de suas atribuições. A agência disse que pretende estabelecer diretrizes e apoio técnico para a adoção de modelos que favoreçam a qualidade e a sustentabilidade, a serem negociados e pactuados diretamente entre as operadoras e prestadores de serviços de saúde.
Na prática, hospitais e operadoras de planos de saúde estão negociando diretamente e ajustando os sistemas aos seus modelos de negócios. Somente a Amil já alterou as contas médicas em 36 hospitais em vários estados do país. A operadora espera chegar até o final do ano com 45 acordos fechados:
- Com essa mudança, a expectativa é que a inflação médica passe a acompanhar cada vez mais os índices oficiais de inflação, conforme o índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Um dos modelos começou a ser implementado em algumas especialidades nos municípios de Niterói e São Gonçalo, no Rio. Há várias negociações em andamento em outras cidades do país, nas especialidades de cirurgia vascular, ortopedia, urologia, cirurgia bariátrica e oncologia - observou Daniel Coudry, diretor- médico da rede da Amil.
Um dos modelos testados prevê o acompanhamento de indicadores clínicos para monitoramento da qualidade da assistência com pagamento de um valor fixo por mês.