Cubanos vão atuar em locais de extrema pobreza
Valor Econômico
04/09/2013

Cubanos vão atuar em locais de extrema pobreza

Por Lucas Marchesini | De Brasília

Da primeira leva de 400 cubanos que estão no país para trabalhar pelo programa Mais Médicos, 334 vão prestar atendimento em 182 cidades do interior onde mais de 20% da população vivem em situação de extrema pobreza. Somente 26 profissionais serão locados em 24 regiões metropolitanas e os outros 40 vão atuar em 13 distritos indígenas.

A maior parte dessas localidades, 187, concentra-se nas regiões Norte e Nordeste, que passarão a contar, a partir do dia 16, com a presença de 364 doutores de Cuba. Os 36 médicos restantes serão deslocados para áreas carentes no Sul e no Sudeste.

No total, 206 municípios e 13 distritos indígenas, que não foram escolhidos por profissionais brasileiros ou de outros países, receberão médicos cubanos na atual etapa do programa. Desse universo, 146 cidades têm um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) baixo ou muito baixo, 51 são classificadas como IDH-M médio e as nove restantes registram alto índice de desenvolvimento.

O acordo entre Brasil e Cuba prevê a contratação de 4 mil médicos. "Até o fim do ano, outros 3.600 profissionais cubanos chegarão ao Brasil para ocupar os postos remanescentes após novas rodadas de chamamento individual de brasileiros e estrangeiros", informou, em nota, o Ministério da Saúde.

De acordo com a pasta, 42% dos 400 cubanos que serão os primeiros a trabalhar na saúde pública brasileira tiveram experiência profissional em pelo menos dois países com os quais Cuba mantém convênio de "exportação de médicos". Todos os profissionais cubanos do Mais Médicos têm especialização em medicina da família e 84% deles têm mais de 16 anos de experiência trabalhando como médicos.

O Ministério da Saúde anunciou ontem que a segunda rodada de inscrições para o Mais Médicos foi concluída na última sexta-feira. Mais 500 prefeituras aderiram ao programa, totalizando agora 4.025 municípios participantes. Com a nova adesão também aumentou o número de vagas solicitadas, de 15.460 para 16.625, avanço de 7,5%. Na mesma convocação, 3.016 médicos se inscreveram para preencher essas vagas, sendo 1.414 brasileiros e 1.605 estrangeiros, o que reforça baixa procura pelo programa, tanto por brasileiros como por médicos do exterior.

Ontem, muitas cidades continuaram sem receber os médicos que foram designados para a localidade. De acordo com o Ministério da Saúde, as prefeituras têm até amanhã para informarem de desistências ou exclusões dos médicos selecionados na primeira etapa do programa para que os mesmos sejam substituídos. O governo informou que ainda não possui um levantamento das desistências. (Colaborou Luciano Máximo, de São Paulo)

 

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