O mercado de hoje é altamente complexo, o planejamento que se fazia antes para o prazo de cinco anos, hoje é impraticável. Os objetivos podem e devem ser estabelecidos, mas o caminho para se chegar até eles, isto é algo que requer doses generosas de adaptabilidade e certamente envolverá uma dinâmica que exige muito mais que palavras complexas, gráficos, planilhas e números relevantes num planejamento estratégico.
A realidade de hoje no Brasil, e no mundo, envolve fusões e aquisições, alterações quase que diárias em importantes segmentos no âmbito global, impactando em algum sentido você, sua empresa, seus clientes, fornecedores, sua forma de comunicar e viver, produzindo praticamente um terremoto em planos de curto, médio e longo prazo.
No mercado atual, risco não é uma hipótese, mas uma realidade quase que diária e a empresa ou profissional que não está disposto a entender como se administrar riscos para assim assumi-los de forma consciente, inteligente, controlada e planejada, estará brevemente fora do mercado, deixando de correr riscos, mas abandonando também oportunidades.
Nesse modelo de mercado, se disfarçar atrás de e-mails bem escritos ou uma sala bem decorada com uma mesa imponente, nem de longe é entendido como sinônimo de eficiência. Todo esse cenário não garante sobrevivência profissional ou empresarial, seja qual for o segmento, localização ou volume de operações.
Embora risco seja algo que possa ser percebido e gerenciado também com base na experiência profissional, isso conduz a dependência exclusiva de pessoas e se limita ao tamanho do negócio, a garantia de um sistema eficiente recomenda que a segurança esteja no processo e não em indivíduos. Quando se tem um processo de gestão que se traduz em melhoria contínua, otimizando o uso de recursos e focando na consolidação de marca, isso representa uma base sustentável que diminui significativamente o nível de incerteza.
O profissional e a empresa preparados para os dias de hoje precisam gerenciar eventuais perdas financeiras e danos de imagem, avaliando diariamente quais são as incertezas em cada uma das etapas dos processos, quais as probabilidades de que pequenos objetivos cotidianos, muitas vezes diários, evitando que deixem de ser concluídos como foram planejados e são esperados, por meio de ações preventivas que possa mitigar ameaças, porque o incerto continuará existindo e faz parte da realidade do mercado também.
Cabe ressaltar que essa cultura de gerenciamento de riscos é algo que deve ser integrado, ou seja, se deve implantar em todo o sistema de gestão. Quando se desenvolve essa capacidade de monitorar de forma integrada, eventos positivos ou negativos, que influenciam os resultados, tomando ações concretas e efetivas de prevenção de perdas, isso se traduz em credibilidade. Contudo, saiba que não conseguirá evitar efeitos provocados por riscos maus geridos previamente, o gerenciamento olha para frente, dissemine essa cultura e caso isso não seja aceito, mude, pois se perder é algo certo para aqueles que não sabem sequer o caminho para aonde quer chegar.
Portanto, ir além do que o mercado pede, envolve mais que relevantes certificados na parede do escritório, mas dentre alguns fatores, a habilidade de compreender, monitorar, gerenciar e tomar ações em tempo, prazos e custos que o mercado exige para reduzir os impactos dos riscos existentes e inerentes, entregando assim um diferencial.