A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi), responsável pela gestão administrativa e processamento de exames de 85 unidades da rede pública de saúde de São Paulo e Goiás, fechou parceria com a Aidoc, uma startup israelense de inteligência artificial que, em cinco minutos, detecta sangramento em tomografias de crânio - esse quadro é um diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC).
"O robô alerta que há uma tomografia com sangramento e o exame é colocado como prioridade. No modelo tradicional, a tomografia entra na fila de espera para análise dos médicos. No entanto, esse tempo é fundamental para salvar vidas", disse Igor Santos, coordenador de tecnologia e inovação médica da Fidi.
O projeto está em fase de testes no Hospital do Mandaqui, na zona Norte de São Paulo, e até o momento o tempo de diagnóstico caiu 36 minutos. O programa ainda depende de aprovação da Anvisa para operar no Brasil. A startup já recebeu aval da Comissão Europeia e da FDA, a agência que supervisiona alimentos e remédios nos EUA. "Começamos os testes em março. Assim, que a Anvisa aprovar já estaremos numa fase mais adiantada dos testes. Por enquanto, no Brasil, o Aidoc está sendo testado apenas por nós na rede pública", disse Felipe Kitamura, coordenador de tecnologia e inovação da Fidi. Atualmente, a Fundação é responsável pelo processamento de 5 milhões de exames por ano.
A Fidi faz o processamento de exames de tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, mamografia, raio-x e densiometria óssea. Além disso, é responsável por serviços como contratação de médicos e pessoal.