Hepatite C atinge mais de um milhão de pessoas
30/07/2018
A hepatite é uma inflamação no fígado, que nem sempre apresenta sintomas e pode evoluir para uma cirrose ou câncer. A médica Clarissa Martinelli, infectologista do Plano Boa Saúde, fala sobre a doença e ressalta a importância de ações de alerta para a prevenção, já que no ano passado, apenas o vírus do tipo C, atingiu mais de um milhão de pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

“A doença pode ser causada pelos vírus A, B, C, D e E, mas esse não é o único meio de contraí-la. O uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas também podem ocasionar a hepatite, assim como doenças metabólicas, autoimunes e genéticas. As mais comuns no Brasil são causadas pelo vírus A, B e C, sendo este último o mais comum, representando 0,71% das notificações, conforme dados do Governo Federal. Os vírus D e E são mais frequentes na África e na Ásia”, relata Clarissa Martinelli.

A infectologista do Plano Boa Saúde também explica as diferentes formas de contágio para cada tipo de vírus. “No B, C e D a transmissão é feita por transfusão sanguínea, contato sexual, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfuro-cortantes, ou ainda da mãe para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação. Já os tipos A e E são de transmissão fecal-oral, recorrentes de condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos”.

Segundo a especialista, o dia 28 de julho, considerado o Dia Mundial da Hepatite, e o Julho Amarelo, mês de luta e prevenção das hepatites virais, são ações de grande importância para alertar e conscientizar a população sobre a existência de doenças que ainda são muito frequentes na nossa população e que são passíveis de prevenção. “Quando se ouve falar no Dia Mundial Contra Hepatite, automaticamente a pessoa se pergunta: o que é hepatite, o que essa doença causa e como ela se transmite, fazendo com que ela se informe e tome medidas preventivas", relata a médica.

Exame de Rotina

Como é uma doença na maioria das vezes silenciosa, é indispensável o exame de rotina, realizado através da avaliação sanguínea. Apesar de nem sempre apresentar sintomas, quando estes aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. “Os tipos A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isso quer dizer que o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção. Se a doença persiste no organismo por mais de seis meses, o problema pode se agravar e evoluir para um câncer. Existem medicamentos para o tratamento que são distribuídos gratuitamente pelo sistema único de saúde. Apesar da hepatite ter cura, o ideal é preveni-la. No caso da hepatite B existe a prevenção, através de vacina que possui três doses”, finaliza Clarissa Martinelli.
Fonte: Anahp




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