IESS destaca necessidade de novos produtos de saúde que facilitem o acesso por parte dos trabalhadores, como planos com franquia e coparticipação

“A recuperação que o mercado de planos de saúde médico-hospitalares está ensaiando se apoia exclusivamente na contração de planos por empregadores”, revela Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Segundo dados do IESS, o aumento de 0,1% no total de beneficiários do setor se deve unicamente aos planos coletivos empresariais, aqueles fornecidos aos trabalhadores pela empresa onde atuam.

O executivo aponta que o total de planos coletivos por adesão e de planos individuais ou familiares, aqueles contratados e pagos exclusivamente por pessoas físicas continua caindo. Nos 12 meses encerrados em abril de 2018, o total de vínculos com planos pagos pelos empregadores aumentou 0,9%, enquanto o de planos pagos por pessoa física recuou 1%, na modalidade coletivo por adesão, e 1,5%, na modalidade individual ou familiar. “É importante notar que apesar de a economia nacional estar reaquecendo, os trabalhadores ainda não se sentem confiantes ou ainda não estão com crédito suficiente para acessar um de seus maiores desejos, o plano de saúde”, destaca. De acordo com pesquisa recente do Ibope, o plano de saúde é o terceiro bem mais desejado pelos brasileiros, atrás apenas da casa própria e de educação.

Para mudar esse cenário, o IESS defende medidas como o desenvolvimento de novos produtos para a saúde suplementar, como os planos populares e, principalmente planos com franquia e coparticipação, que segundo Carneiro têm mensalidades mais acessíveis. “Esses mecanismos tornam os planos mais acessíveis e, para as operadoras, têm a vantagem de aproximar o beneficiário das decisões de uso dos serviços de saúde, o que tende a reduzir desperdícios”, avalia Carneiro.