A farmacêutica e fabricante de produtos agrícolas alemã Bayer divulgou nesta quinta-feira (3) que obteve no primeiro trimestre de 2018 um lucro líquido de 1,9 bilhão de euros, uma queda de 6,3% em relação aos 2 bilhões de euros registrados no mesmo período de 2017.
A receita da companhia, na mesma base de comparação, caiu 5,6%, indo de 9,7 bilhões de euros para 9,1 bilhões de euros.
O lucro veio acima da média das estimativas coletadas pela consultoria FactSet com analistas de mercado, de 1,5 bilhão de euros, mas a receita ficou abaixo da previsão (9,3 bilhões de euros).
De acordo com a Bayer, os resultados foram prejudicados pelo câmbio, que teve um efeito negativo de 160 milhões de euros no lucro, e por gastos extraordinários de 78 milhões de euros, a maior parte relacionada à aquisição da Monsanto.
Excluindo os efeitos cambiais e feitos ajustes no portfólio, a receita da companhia cresceu 2%. A divisão de produtos farmacêuticos registrou aumento de 3% nas vendas de medicamentos, totalizando uma receita de 4 bilhões de euros. O crescimento foi puxado pela venda de seus principais produtos, o anticoagulante Xarelto, o medicamento para olhos Eyela, os remédios para combate a câncer Xofigo e Stivarga e o remédio para hipertensão pulmonária Adempas.
O setor de bens de saúde pessoal registrou queda de 2,2% na receita, a 1,4 bilhão de euros, quando considerado um câmbio constante e feitos ajustes no portfólio, com a queda nas vendas na região Ásia-Pacífico e quebra na cadeia de suprimentos na América do Norte.
A receita da divisão agrícola ficou estável ante o primeiro trimestre de 2017, em 2,8 bilhões de euros, enquanto a parte de saúde animal apresentou aumento de 3%, a 414 milhões de euros.
A Bayer informou também que revisou para baixo a projeção para a receita no acumulado de 2018, citando os efeitos adversos do câmbio. A expectativa é que a receita termine o ano abaixo de 35 bilhões de euros. Anteriormente, a empresa esperava que ela ficasse ao redor de 35 bilhões de euros.
A empresa não informou nenhum desenvolvimento novo em relação ao processo de aquisição da Monsanto, reafirmando que espera que o acordo seja finalizado no segundo trimestre.