Boletim atualizado pelo Ministério da Saúde aponta que o Brasil já registra 846 casos confirmados de febre amarela –destes, 260 morreram.
Os dados, contabilizados entre julho até terça-feira (6), representam um aumento de 17% em relação à última semana. Há ainda 828 casos suspeitos em investigação.
Os números indicam que a doença já atinge volume maior de casos do que o registrado no mesmo período de 2016 e 2017, quando havia 597 casos confirmados, incluindo 190 mortes.
Naquela época, o surto de febre amarela passou a ser considerado como o pior já registrado desde 1980, data de início da série histórica.
Neste ano, porém, embora reconheça o aumento no número de casos, o governo tem afirmado que a incidência da doença é menor.
A média atual é de 2,4 casos para 100 mil habitantes. Já no último ano, eram 7 casos a cada 100 mil habitantes. A diferença ocorre porque, neste ano, a doença tem avançado para cidades mais populosas.
Entre os estados, Minas Gerais responde pelo maior número de casos, com 384 casos confirmados, incluindo 115 mortes.
Em seguida, está São Paulo (349 casos, com 100 mortes), seguido de Rio de Janeiro (106 casos e 44 mortes). Houve ainda seis casos confirmados no Espírito Santo e um no Distrito Federal.
Para evitar novos casos, o governo estuda ampliar a vacinação contra a febre amarela para todo o país até novembro deste ano. A medida, que passaria a incluir regiões onde até então não havia recomendação de vacina, caso de parte do Sul e Nordeste, é analisada em conjunto com secretarias de saúde.
Enquanto isso, as campanhas emergenciais de vacinação no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia continuam. O objetivo é tentar barrar a expansão da doença, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes.