A rede de farmácias CVS fechou ontem uma emissão de US$ 40 bilhões em bônus para pagar pela aquisição da empresa de planos de saúde Aetna, pela qual pagará US$ 49 bilhões, segundo fontes. A operação, concluída ontem, é a maior emissão corporativa em mais de dois anos. Só perde para as captações da Verizon (US$ 49 bilhões) e da Anheuser-Busch InBev (US$ 46 bilhões).
Os bônus da CVS também se tornaram um termômetro para o mercado de renda fixa, após o salto nos juros das dívidas corporativas, que acompanharam o aumento no yield dos Treasuries.
As emissões de empresas com grau de investimento somaram US$ 217 bilhões em janeiro e fevereiro deste ano, contra US$ 256 bilhões nos dois primeiros meses de 2017, segundo dados da S&P.
A CVS emitiu os bônus em diversos vencimentos, variando de dois a 30 anos. Gestores que acompanharan a oferta acreditam que a empresa pague um juro maior do que os bônus que ela tem em circulação. O papel com vencimento em 2026 tem taxa de 4,19% atualmente.