A equipe de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Monte Sinai, liderada pelo hematologista Angelo Atalla, comemora a primeira alta de paciente de TMO Alogênico, do tipo que depende de doador. O Hospital recebeu o novo credenciamento do Ministério da Saúde no final de 2017 e já tem fila de espera para pacientes deste tipo de transplante, que beneficia especialmente portadores de doenças relacionadas na saúde suplementar. Nesta fase, os procedimentos ficarão restritos ao TMO Alogênico aparentado – realizado com células consanguíneas, de irmãos.
O segundo credenciamento foi um novo grande passo do Centro de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital, que já contabiliza mais de 60 procedimentos do tipo Autólogo (com células progenitoras do próprio paciente), desde o final de 2013. O Centro tem alta taxa de sucesso e já se tornoureferência em Minas Gerais para o TMO Autólogo em crianças, sendo a maioria dos pacientes provenientes de cidades do entorno e de estados vizinhos. O credenciamento de Transplante de Medula foi uma vitória e um impulso para o incremento de várias áreas afins do Monte Sinai e conta ainda com o suporte de uma Agência Transfusional totalmente reformuladas e um Laboratório de Criopreservação, ambos recém-inaugurados. Estas unidades dão suporte a diversas especialidades médicas e permitem que o Monte Sinai ofereça, com exclusividade, a Plasmaferese Terapêutica para uma ampla região, que compreende da Mata Mineira, Vertentes ao Sul de Minas, além de já ter atendido pacientes do estado do Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal.
O Transplante Alogênico
A primeira paciente do TMO Alogênico do Monte Sinai é uma jovem de 25 anos, de Campos dos Goytacazes, no norte Fluminense, vítima de leucemia aguda e que recebeu a doação de um irmão. Ela passa muito bem e permanece na cidade nos primeiros três meses neste pós-alta para acompanhamento imediato. Depois, ela pode retornar à sua cidade e permanece em acompanhamento ambulatorial no Centro por dois anos, com avaliações periódicas e orientada por um médico assistente em sua região.
A decisão para realização do transplante depende de diagnóstico preciso e indicações bem conduzidas. As principais patologias tratadas pelo TMO Alogênico são leucemia mieloide aguda, anemia aplástica grave, síndrome mielodisplásica, imunodeficiência celular primária, mielofibrose, mieloma, linfoma dentre outras. Tanto paciente quanto doador precisam ter até 60 anos e as chances de cura são, historicamente, entre 56% e 60%. Apenas com quimioterapia e outros tratamentos, esta taxa de sucesso se reduz a 10%.
Incremento para a região
Os transplantes de medula são tratamentos testados há décadas e são oferecidos pelo SUS, inclusive na região pelo Hospital Universitário da UFJF. Mas o credenciamento do Monte Sinai traz vantagens em várias frentes. Para o hospital, que ampliou diversos serviços direta e indiretamente relacionados. A expertise do Centro agregou conhecimento e processos, solidificando a atuação das equipes multidisciplinares. Para os pacientes da região, que não precisam se deslocar a grandes centros com familiares, por um longo período, quebrando um paradigma com os convênios e aliviando a fila de espera no Sistema Único de Saúde, mesmo quando ele dispõe de um parente doador, já que há restrições de leitos e vagas. Estes pacientes contam com um suporte médico-hospitalar de qualidade no Monte Sinai, que é referência assistencial em alta complexidade e numa cidade que oferece infraestrutura acessível para uma ampla região pela sua estratégica posição geográfica.
Serviço: O CTMO funciona dentro do Hospital Monte Sinai com três leitos exclusivos em setor com estrutura direcionada a esse tipo de atendimento. Mas não atende diretamente ao paciente, que deve ser encaminhado por especialistas. O Ambulatório funciona no Centro Médico Monte Sinai com agendamento de consultas com especialistas em Oncologia e Hematologia, pelo telefone: 32 3025-1847.