O tabagismo é responsável pela morte de uma em cada 10 pessoas no mundo. Com o crescente números de fumantes, consequentemente o número de mortes causadas pelos cigarros também teve um aumento substancial. O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontou que os óbitos causados pelo tabagismo aumentou de 4 milhões, no início do século, para mais de 7 milhões. Ainda de acordo com a OMS, o tabaco poderia provocar no século XXI o total de um bilhão de mortes em todo o planeta.
Somente no Brasil mais de 156 mil mortes foram registradas provindas do cigarros. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou dados inéditos sobre o custo econômico e de saúde relacionado ao tabaco, tendo como base o estudo realizado em 2015 pela pesquisadora Marcia Pinto, do Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz. Os dados apresentam que o país registrou 478 mil infartos e internações devido a doenças cardíacas, e 378 mil doenças pulmonares provocadas pelo cigarro.
Além dos danos à saúde, o tabagismo também tem impacto direto na economia brasileira. Por ano, estima-se que o tabaco gera uma perda econômica que gira em torno dos R$ 56 bilhões. Gastos estes provindos do custo de tratamentos de doenças, por perda de produtividade dos usuários e por mortes prematuras. Estima-se que um fumante ativo perde aproximadamente sete anos de vida, no caso dos homens, e seis anos de vida, no caso das mulheres.
A OMS também salienta que os resíduos de tabaco contêm mais de 7 mil substancias tóxicas, diversas delas cancerígenas para o ser humano, que envenenam o meio ambiente e ajudam a provocar o efeito estufa. Além disso os resíduos de cigarros jogados na natureza correspondem a cerca de 30% a 40% dos objetos recolhidos nas atividades de limpeza da costa e do lixo urbano.