A internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) tem capacidade de gerar US$ 200 bilhões em negócios no Brasil até 2025, disse Juarez Quadros, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), durante o X Seminário TelComp. No mundo, a previsão é de que essa tecnologia movimente US$ 11 trilhões nesse período.
Estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aponta que a tecnologia IoT será aplicada principalmente para desenvolver a mobilidade urbana, segurança pública, inovação em saúde, tratamento de doenças crônicas, maximização dos resultados na indústria, monitoramento de estoques, segurança sanitária e melhor uso dos recursos naturais.
Quadros disse que a função da Anatel será acelerar a implantação dessa tecnologia como instrumento de desenvolvimento sustentável para elevar a competitividade da economia, fortalecer as cadeias produtivas nacionais e promover a melhoria da qualidade de vida da população.
“Entre os principais desafios para a adoção dessa tecnologia estão a outorga para a prestação de serviços e a assimetria regulatória entre as soluções baseadas em SMP [serviço móvel pessoal] e outras tecnologias. Também está em discussão a redução das taxas setoriais para aplicações da internet das coisas”, afirmou o presidente da Anatel, em apresentação.
Quadros disse que a expansão da banda larga, essencial para o desenvolvimento da IoT, também está entre as principais metas do governo. Dado mais recente do Cetic.br aponta que o serviço está disponível para 51% das residências no país.
“Mesmo assim, o Brasil ocupa a 42ª posição no ranking de velocidade da internet 4G entre 77 países, segundo a consultoria OpenSignal”. A média da velocidade brasileira é de 20,3 Mbps, enquanto a média mundial é de 16,6 Mbps.