A farmacêutica americana Pfizer viu seu lucro líquido dobrar no terceiro trimestre, para US$ 2,8 bilhões, na comparação anual. A receita subiu 1% de julho a setembro, para US$ 13,17 bilhões, ante mesmo período de 2016, resultado praticamente de acordo com a expectativa dos analistas consultados pela FactSet, de US$ 13,18 bilhões.
A última linha do balanço da companhia foi beneficiada pela base de comparação de 2016, que foi afetada por uma baixa contábil de US$ 1,4 bilhão relacionada à venda da Hospira Infusion Systems, concluída em fevereiro deste ano.
O diretor-executivo da companhia, Ian Read, disse que a empresa está vendo o “início de uma onda esperada de vários anos de potenciais lançamentos de novos medicamentos e da ampliação de linhas de produtos”.
Ainda assim, a Pfizer afirmou que está começando a sentir o impacto do vencimento da patente do Viagra no mercado americano. As vendas do medicamento caíram 20%, para US$ 308 milhões, com os atacadistas começando a reduzir o estoque da droga uma vez que genéricos do produto poderão ser comercializados a partir de dezembro.
A Pfizer disse que a receita em sua unidade de saúde essencial, que inclui o antidepressivo Pristiq e a droga anti-epiléptica Lyrica, caiu 12% no trimestre.
Já as vendas na sua unidade de “saúde inovadora” aumentaram 11%, impulsionadas pelo crescimento de medicamentos como Ibrance, para tratamento do câncer, que aumentaram 60%, e o remédio para tratamento de coágulos sanguíneos Eliquis, que avançou 43%.
Após os resultados, a Pfizer reduziu suas perspectivas de receita para o ano, mas aumentou sua orientação de lucros. Agora, espera para 2017 receita entre US$ 52,4 bilhões e US$ 53,1 bilhões, contra um intervalo de US$ 52 bilhões para US$ 54 bilhões divulgado anteriormente. A empresa espera lucro ajustado por ação entre US$ 2,58 e US$ 2,62, contra de uma previsão anterior de US$ 2,54 a US$ 2,60.