A SulAmérica registrou um lucro líquido de R$ 151,4 milhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As receitas operacionais dos três meses avançaram 7,6% na mesma base de comparação, passando para R$ 4,781 bilhões. A maior contribuição foi do ramo de saúde e odontológico, com receita de R$ 3,569 bilhões, alta de 13,1%, e do segmento de automóveis, com receita de R$ 846,1 milhões, apesar de registrar queda de 13%.

A sinistralidade dos três meses encerrados em setembro caiu 0,6 ponto percentual, saindo de 76,9% em 2016 para 76,3% neste ano. Em saúde e odonto, a sinistralidade ficou estável, em 80,8%, e no segmento vida e acidentes pessoais recuou 6,1 ponto, para 27,1%.

A companhia afirma no relatório da administração que o bom desempenho operacional, combinado com a adequada gestão das despesas administrativas, mais do que compensou a já esperada menor contribuição do resultado financeiro decorrente da redução da Selic. O resultado financeiro caiu 15,8% e totalizou R$ 200,9 milhões.

Um dos destaques foi a melhora de 4,5 pontos percentuais na sinistralidade do segmento de automóveis, que ficou em 62,9%, e, junto com a contração nos custos de comercialização, ajudou a compensar o recuo de 13% nas receitas.

Segundo o presidente da seguradora, Gabriel Portella, ainda há espaço para melhorar, em meio à expectativa de recuperação da economia. "O fato de a receita ter caído não quer dizer que nossa estratégia está errada. Estamos privilegiando a rentabilidade. Às vezes temos de sacrificar o crescimento para fazer um ajuste de risco. O posicionamento de preço pode parecer uma coisa um pouco estranha, mas olhamos para os próximos 12 meses", diz.

Ele acredita que a retomada da economia, com recuperação nas vendas do setor automotivo, deve ajudar o segmento. "Vamos manter a trajetória de buscar uma sinistralidade equilibrada. Pode ser que os ventos favoráveis da economia ajudem."