O comportamento de empresas menores que foram habilitadas a dar lances nos leilões de campos do pré-sal que acontecem nesta sexta-feira (27) é uma das incógnitas das rodadas, segundo analistas desse mercado.
Entre as menores inscritas estão a colombiana Ecopetrol e a OP Energia, de Rodolfo Landim, ex-executivo de Petrobras e do grupo de Eike Batista, em sua fase inicial.
Para se habilitar, entretanto, as empresas tiveram de comprovar que atendem a vários requisitos, de porte do balanço a equipe com expertise.
O período de exploração, em que a companhia perfura para descobrir o potencial real de cada área, é custoso e de alto risco, o que dificulta a atração de investidores, lembra Octavio Fragata, sócio do Tozzini Freire Advogados.
"Veremos como se apresentarão, se será em consórcio." Para novatas nos leilões, porém, o simples fato de se apresentar ao mercado, estando habilitadas a dar lances, já é um passo importante, diz um executivo do setor.
A regra é a da partilha: as empresas pagarão um bônus fixo de R$ 7,75 bilhões na soma por todos os oito campos, e quem se dispuser a entregar o maior volume de petróleo ao governo ganha.
É um jogo para operador grande, com campos enormes, e a tecnologia para produzir talvez ainda nem exista, diz Manuel Fernandes, sócio de óleo e gás da KPMG.
"São áreas em um polígono que comprovadamente tem bastante óleo. As gigantes não vieram para olhar."
O comportamento da Petrobras é outra atração das rodadas: a estatal pode exercer um direito de preferência após a abertura das propostas e levar um campo. Pela primeira vez, ela não será a operadora única do pré-sal.
Embratel investirá quase R$ 1 bilhão em novo satélite
A Star One, empresa subsidiária da Embratel, anuncia que colocará seu décimo satélite em órbita, por um investimento estimado de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 986 milhões).
A ser lançado no fim de 2019, esse será o maior artefato já fabricado pela companhia de origem brasileira nos 32 anos em que atua no setor.
O principal propósito será atender demandas de telefonia celular, mas ele também vai complementar a estrutura para dados (vídeo, internet de clientes corporativos e órgãos governamentais).
O satélite também oferecerá sinal para TV.
Parte de uma banda será destinada ao Ministério de Defesa, segundo a empresa.
Outros latino-americanos, como o México (país da empresa de telefonia América Móvil, controladora da Embratel), também deverão fazer transmissões com o novo satélite brasileiro.
A vida útil prevista para o artefato é de mais de 15 anos. Dois satélites da frota da Star One já não circulam mais.
Raio-X
R$ 625,7 MILHÕES
foi a receita operacional líquida da Embratel Star One em 2016
R$ 227,1 MILHÕES
foi o lucro líquido no período
120
são os funcionários no centro de operações de Guaratiba, no Rio
Borracha amazônica
A Michelin planeja ampliar a fábrica da Levorin —empresa adquirida em 2016—, localizada em Manaus, e avalia uma possível expansão de sua planta em Guarulhos, segundo o presidente, Nour Bouhassoun.
As obras de Manaus deverão começar em 2018.
"Estamos só esperando autorização ambiental. Queremos ampliar a exportação na América Latina e trazer ao Brasil parte da produção de pneus para o segmento de duas rodas."
Hoje, todos os produtos da Michelin dessa área são importados da Europa.
Há também uma possibilidade de ampliação da planta de Guarulhos para acomodar esse aumento de produção, mas a taxa de ociosidade ainda é considerada alta, de ao menos 20%.
O valor do investimento no próximo ano ainda não foi definido. "Vamos colocar o dinheiro necessário, esse não é um problema."
A companhia não tem novas aquisições à vista, mas o momento é bom para comprar ativos, diz ele.
"Não temos intenção de abrir capital, mas podemos comprar empresas ou participações minoritárias."
€ 20,9 BILHÕES
(R$ 80,13 bi) foi a receita global da Michelin em 2016
187 MILHÕES
de pneus da marca são produzidos pelo mundo
Saúde convalescente
A importação de equipamentos e dispositivos médicos no país caiu 14,5% no acumulado dos três primeiros trimestres deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo a Abiis (entidade do setor).
No período de 12 meses até setembro, a queda é de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
"Tivemos cancelamento de licitações no setor público e, no privado, a alta no desemprego fez com que muitos deixassem de ter plano de saúde", afirma o diretor-executivo, Carlos Eduardo Gouvêa.
As exportações, historicamente mais baixas, também caíram: 10,6% no acumulado do ano e 11,2% nos últimos 12 meses até setembro.
A associação projeta uma recuperação do setor nos próximos meses.
Os dados do emprego embasam o otimismo. A área teve alta de 0,6% no estoque de vagas com carteira assinada em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2016.