Alvo de pedido de afastamento, ministro da Saúde critica o MPF
18/10/2017
O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), procurou desqualificar a atuação do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, onde uma ação civil pública requer o seu afastamento cautelar do cargo em função de questionamentos quanto à sua atuação na busca de uma parceria para a Hemobrás.

“É uma ação política do Ministério Público, como tantas outras que a gente vê todo dia. Não sou parte desse processo, não sou eu que decido, então a ação é inepta por princípio”, disse Barros. “Me sinto muito confortável no cargo. Estou produzindo resultados muito positivos para a sociedade como todos veem. Estou muito tranquilo. O reconhecimento do nosso trabalho é unânime. Todos estão satisfeitos com a forma clara e objetiva com que tratamos a saúde.”

A ação pede o afastamento de Barros do cargo até o cumprimento da prorrogação do contrato entre a estatal Hemobrás e irlandesa Shire para aquisição de medicamentos para hemofilia, os chamados recombinantes.

Para o MPF, está claro o interesse político do ministro em firmar parceria com outra empresa para levar a produção de recombinantes para o Paraná, seu Estado natal, e, caso o contrato com atual com a Shire não seja renovado imediatamente, há risco de desabastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em rápida entrevista após cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que o ministério está recorrendo do pedido feito pelo Ministério Público Federal em Pernambuco e destacou que se trata de uma “insistente ação política” contrária à exigência de mais investimentos e redução de preços exigidas pelo ministério.
Fonte: Valor




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