Coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues afirma que o levantamento das operadoras está em desacordo com a realidade. Para ele, é uma “grave acusação contra os médicos brasileiros”.
De acordo com Rodrigues, a entidade não tem um levantamento sobre denúncias dessa natureza, mas os casos (em que os procedimentos cirúrgicos são indicados sem necessidades) são “extremamente raros”. Ainda há o risco, argumenta, de o médico responsável por desempatar, pago pela operadora, não ter a independência necessária para exercer a função. Rodrigues ainda sugere participação mais ativa do CFM para atuar nestes casos.
Procurada ontem para comentar, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não se manifestou até 20h40.
Pesquisa
Em um cenário em que médicos e operadoras podem tomar lados opostos, pesquisar sobre as qualificações dos profissionais e das instituições de saúde é a melhor opção, segundo o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Renato Couto.
“Temos muita informação, mas o problema é a qualidade. Precisamos ter mais portais com informações mais seguras”, defende Couto. Outra dica, diz, é consultar na internet as avaliações periódicas da ANS sobre os serviços de saúde.