Startups prometem um sono mais tranquilo
29/09/2017
As empresas do Vale do Silício já influenciaram a forma como as pessoas paqueram, se locomovem nas grandes cidades e assistem às suas séries favoritas. Uma das próximas fronteiras parece ser o ato de dormir. Vários produtos estão sendo criados por startups para combater os distúrbios do sono. A insônia, um dos mais graves, afeta 35% da população mundial e já é classificada como um problema de saúde pública pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA.

Durante décadas, diversos estudos demonstraram que o sono ruim prejudica o sistema imunológico, o aprendizado e a memória e contribui para a depressão e outros problemas da mente, além de causar obesidade e diabetes. "Para ter uma vida saudável e produtiva, dormir bem é tão vital quanto se alimentar bem", diz Rosa Hasan, neurologista e integrante do conselho da Associação Brasileira do Sono. Entretanto, só mais recentemente é que dormir bem passou a ser símbolo de status e medida de sucesso no Vale, em oposição aos workaholics e madrugadores de plantão.

Com foco nessa mudança de comportamento, uma lista crescente de aplicativos, sensores e chips com métodos diversos tem prometido melhorar a qualidade do sono. Trata-se de um mercado que movimentou mais de US$ 30 bilhões em 2016 e até agora era dominado por produtos aromaterápicos e empresas farmacêuticas. A Apple, para ficar em apenas um exemplo, adquiriu em maio a Beddit, fabricante de um equipamento dotado de um sensor que, colocado sob os lençóis, transfere informações sobre a qualidade do sono para um aplicativo.

Entre as startups que estão se destacando no segmento está a Rythm. O engenheiro da computação Hugo Mercier fundou em 2014 essa empresa francesa que se propõe a melhorar o sono por meio de ondas sonoras. Mercier levantou mais de US$ 10 milhões em investimentos para criar uma espécie de tiara que usa diferentes sons para induzir o sono com base no monitoramento da atividade cerebral. O produto custa cerca de US$ 400 e acabou de chegar ao mercado.

A americana Purple pode ser a primeira empresa do setor a fazer parte do grupo de unicórnios (nome dado a startups que ultrapassam a marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado). Seus produtos, entre eles travesseiros e colchões, mantêm temperatura neutra durante o sono e são feitos com material 100% natural. Além disso, têm tecnologia de amortecimento que se adapta ao corpo da pessoa.

Fundada em 2011, a australiana Re-Timer fabrica um par de óculos com luzes azuis e verdes que brilham sobre os olhos. O aparelho custa US$ 299 e promete ajudar o organismo a evitar distúrbios do sono. A empresa diz já ter vendido 30 mil unidades em 40 países.

Criada em 2012, a americana Sprayable Sleep fabrica um spray que promete tratar casos mais leves de insônia. Sua base é composta por água, melatonina e um derivado de tirosina, um aminoácido presente naturalmente no corpo e que faz a absorção de nutrientes na pele.
Fonte: Valor




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