Cimed prevê superar R$ 1 bi em receita líquida neste ano
11/09/2017
Com uma estratégia que combina verticalização do negócio, diversificação de portfólio e preços baixos, o grupo farmacêutico Cimed caminha para encerrar o ano com desempenho superior à meta de R$ 1 bilhão de receita líquida. No primeiro semestre, as vendas líquidas da dona das marcas Cimegripe e Lavitan totalizaram R$ 517,14 milhões, com alta de 31% na comparação anual.

A expansão foi bem mais forte que a do mercado farmacêutico nacional, que cresceu 12,3% no mesmo período. O melhor resultado para o período na história da empresa garantiu ainda um avanço de 0,3 ponto percentual de participação de mercado.

Mantido o ritmo de crescimento perto de 30% ao mês, a farmacêutica deve encerrar 2017 com cerca de R$ 1,1 bilhão de receita líquida, no caminho para alcançar os R$ 2 bilhões em 2020. Novas capacidades de produção e lançamentos pavimentarão a rota para a meta de médio prazo.

"Estamos à frente do orçamento planejado e colhendo os resultados do trabalho feito no ano passado", diz o presidente da farmacêutica, João Adibe Marques. O empresário se refere à identificação de gargalos e desafios ao crescimento do grupo, a partir dos esforços realizados em 2016, que levaram a correções de estratégia.
Um dos ajustes se deu nos estoques ao longo da cadeia de distribuição, que pertence à própria Cimed - em embalagens e parque gráfico, a empresa ainda é autossuficiente. No primeiro semestre, os inventários cresceram 24% para evitar ruptura e acompanhar a expansão da demanda por seus produtos. Em meados de 2017, deve anunciar a expansão de seus centros de distribuição, em Ribeirão Preto (SP) e São Paulo (SP).

Em outra frente, o fato de a farmacêutica ser maior em número de unidades do que em receitas a levou a apostar em visitação médica. Num primeiro, 25 mil médicos dos principais Estados entraram no radar do grupo.

Por meio de aumento de capacidade, explica Marques, será possível ganhar escala e continuar praticando preços mais baixos que os de seus concorrentes, sem abrir mão de qualidade. No complexo de Pouso Alegre (MG), os investimentos em uma nova fábrica de medicamentos sólidos chegam a R$ 100 milhões.

Além disso, o grupo já anunciou o aporte de R$ 30 milhões na construção de uma nova linha de produção de suplementos alimentares e complexos polivitamínicos.
Essa última unidade será voltada à produção de Lavitan, líder de vendas no mercado de vitamínicos, com faturamento de R$ 80 milhões no ano passado. Hoje, é a marca com maior representatividade no grupo Cimed - que também produz medicamentos genéricos e isentos de prescrição (OTC, na sigla em inglês), além dos não medicamentos e, mais adiante, dermocosméticos. Lá também serão produzidos os suplementos Voxx e o shake emagrecedor Redubío. Conforme a Cimed, faturamento esperado da nova unidade é de R$ 300 milhões ao ano.

De acordo com Marques, a principal estratégia da Cimed é fortalecer o crescimento orgânico, com ampliação da força de vendas e lançamento de novos produtos. Hoje, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a farmacêutica tem 150 pedidos à espera de registro. Ao menos quatro ativos à venda foram avaliados pelo grupo nos últimos seis meses, mas o preço elevado afastou uma potencial negociação.

Para 2018, afirma Marques, a meta é manter o ritmo de crescimento acima de 30%. Para isso, porém, é necessário garantir a expansão da capacidade produtiva.
Fonte: Valor




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