J&J negocia novos modelos para a saúde
05/09/2017
A divisão de equipamentos médicos da Johnson & Johnson (J&J), que inaugurou ontem um novo centro de distribuição onde investiu R$ 30 milhões, está estudando, com hospitais e operadoras de planos de saúde, novos modelos de negócios.

"O modelo vigente na indústria não se sustenta e precisamos trabalhar em conjunto", diz o presidente da divisão da J&J no país, Adriano Caldas. Há 26 anos na companhia, ele comanda a estratégia na área de equipamentos médicos no país desde março.

"O modelo vigente na indústria não se sustenta e precisamos trabalhar em conjunto", diz o presidente da divisão da J&J no país, Adriano Caldas. Há 26 anos na companhia, ele comanda a estratégia na área de equipamentos médicos no país desde março.

Caldas observa que o modelo de preço fechado, com um limite de gasto para determinada cirurgia, vem ganhando espaço. Agora, o que se discute é ir além e delimitar também os gastos do pós-operatório, ou seja, até o paciente ter alta.

O executivo citou como exemplo uma parceria recente feita com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. No bairro da Liberdade, em São Paulo, a unidade hospitalar gerida pelo Oswaldo Cruz abriu uma sala para a J&J estocar o material a ser usado e estabeleceu preços fechados para 89 procedimentos. O plano de Caldas é avançar com esse modelo de precificação para outros estabelecimentos de saúde. 

Ele também está de olho no tamanho do mercado daqui dez anos. O novo centro de distribuição em Guarulhos (SP) tem esse horizonte. Vai atender cerca de 2 mil hospitais no Brasil e mais 31 países. O centro antigo localizado em Barueri (SP) mostrava-se pequeno. A área nova, de 12 mil metros quadrados e que começou a funcionar há alguns meses, está operando entre 50% e 60% da capacidade instalada. Mas, "existe espaço para o centro crescer entre 30% e 40% nos próximos anos". 

A recessão, que provocou desemprego e queda no número de usuários de planos de saúde, fez desacelerar as vendas de equipamentos médicos da J&J. No último trimestre, Caldas começou a sentir certa recuperação. Em São José dos Campos (SP), a J&J produz agulhas cirúrgicas para sutura, que respondem por cerca de 25% do faturamento da divisão de equipamentos médicos. O restante é de produtos importados como tesouras, pinças e próteses ortopédicas.

A divisão de equipamentos médicos da J&J no mundo faturou US$ 6,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, com expansão de 5,78% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Fonte: Valor




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